As práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas como ESG (Environmental, Social and Governance), têm sido amplamente discutidas no meio corporativo e vêm se tornando uma das mais importantes estratégias de negócio atualmente. Como por exemplo, acontece na empresa de minérios Itaminas.
Isso acontece porque o mercado, cada vez mais, sinaliza interesse por empresas que invistam em ESG, sendo essa uma forma de externalizar maior consciência sobre os impactos das suas operações e do compromisso de buscar maneiras inteligentes e sustentáveis para minimizá-los.
Observa-se que, normalmente, as iniciativas de ESG são debatidas em fóruns que tratam de temas ambientais. No entanto, não podemos nos esquecer da importância de todos os aspectos representados por essa sigla, principalmente no que se refere às estratégias de governança.
A importância das estratégias de governança
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o conceito de governança corporativa é: “governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”. Ou seja, de fato, a governança é a responsável por dar o tom, à medida e o direcionamento estratégico das organizações.
“Apesar de ser a responsável por dirigir a organização, a governança depende do engajamento e do comprometimento dos seus colaboradores, que serão os agentes de transformação, quando falamos de mudança de cultura” explica Bárbara de Cássia Silva, gerente de Compliance Itaminas.
Por isso, o ESG surge com uma importante premissa: para que haja engajamento dos colaboradores, as organizações precisam estar alinhadas e comprometidas com questões que visam à melhoria das condições de seus empregados. Caso contrário, o movimento perderá força.
Afinal, atualmente a sociedade não tolera empresas que não praticam, de forma ampla, o que pregam. Não adianta se comprometer com iniciativas ambientais e não se preocupar com a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar dos seus empregados.
Neste sentido, observamos que as pessoas têm se preocupado em consumir marcas que estejam aliadas aos seus valores, que se preocupem com questões ambientais, mas que priorizem e valorizem o bem-estar do seu empregado. Empresas que pratiquem diversidade e inclusão e que combatam práticas de assédio e preconceito.
São impactos que vão além dos efeitos da atividade operacional, mas que têm uma importância enorme, pois afetam diretamente o valor da marca e a reputação das organizações.
Portanto, no que se refere às iniciativas ESG, tão comumente associadas a questões ambientais, precisamos nos atentar aos aspectos de governança, visto que é através dela e das suas diretrizes estratégicas internas que serão percebidos os compromissos que vão além do meio ambiente e da sustentabilidade. Já que permeiam a equidade, o respeito, a responsabilidade pelo seu negócio, por seus empregados e pela sociedade como um todo, fazendo com que as iniciativas de governança não caminhem jamais desconectadas dos aspectos humanos.
A gerente de Compliance Itaminas explica ainda que “é evidente que o desenvolvimento de uma direção humanizada é um aspecto importante, uma vez que, por meio dele, a organização será conduzida a um crescimento consciente e sustentável”.
Entenda os impactos das iniciativas de ESG
Atualmente, muito se fala em liderança humanizada. Pensando nisso, o que podemos mensurar como ganho efetivo para as empresas? A retenção de talentos e o aumento da produtividade certamente são dois ganhos importantes, mas, quando falamos em perpetuar a cultura de uma empresa, é fundamental que tenhamos o engajamento dos colaboradores, isto é, o que possibilita o crescimento consciente e sustentável de uma organização.
Para que se estabeleça essa cultura em termos de governança, o primeiro e mais importante passo em direção ao ESG consiste em definir o tipo de empresa e imagem que se pretende construir. A partir daí, serão estabelecidas premissas básicas capazes de sustentar tais iniciativas.
Assim, consequentemente, todo o percurso da organização passará, necessariamente, por boas práticas ambientais e sociais, por uma cultura que respeite tanto a integridade quanto o bem-estar dos seus empregados.
“Quando nos deparamos com empresas alinhadas às iniciativas de ESG, percebemos que os reflexos positivos de práticas sustentáveis vão além dos aspectos ambientais. A estratégia é capaz de agregar valor à marca e contribuir para o aumento do lucro, a partir da implementação de medidas contra o desperdício, da economia de energia, da reciclagem, da reutilização de água e até do reaproveitamento de matérias-primas. Isso faz com que a empresa, de fato, consiga suprir suas necessidades atuais, sem comprometer recursos futuros”, comenta Bárbara.
Resultados
A partir do momento que essas metas são estabelecidas e tratadas de forma prioritária, percebemos um importante movimento de conscientização entre todos os colaboradores. Com base nesse movimento, conseguimos visualizar os ganhos sociais oriundos das ações internas que tomam proporções e ganhos coletivos.
A comunidade começa a experimentar transformações positivas por meio da propagação de uma cultura que preza a preservação do meio ambiente, a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável. Assim, o impacto social, apesar de indireto, torna-se grandioso, uma vez que promove um senso de responsabilidade que ultrapassa “os muros” das organizações.
É preciso discutir sobre diversidade e inclusão no meio corporativo
Diversidade e inclusão é um assunto amplamente discutido nas pautas de ESG atualmente, podendo até ser apontado como um dos projetos causadores de maior impacto social. O tratamento igualitário sempre foi uma preocupação da sociedade; por isso, a nossa Carta Magna, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, buscou garantir, dentre outros, o direito à igualdade.
No entanto, Bárbara de Cássia declara que “por tudo que vivenciamos até hoje, sabemos que o fato de ser esse um direito previsto em lei não foi suficiente para assegurar sua aplicação. Mas, graças aos avanços dessas discussões, percebemos maior engajamento do mercado na promoção de políticas que promovam ambientes mais diversos e inclusivos”.
Por essa razão, quando se pensa sobre ESG, é preciso estar disposto a levantar e a cuidar de temas como esse, principalmente por se tratar de uma importante estratégia de negócio, capaz de causar impactos positivos nos resultados das empresas. “Somente um ambiente diverso tem potencial de proporcionar pluralidade de pensamentos, o que ocasiona maior diversidade de soluções diante de um problema”, afirma Silva.
E, é aí que surge a importância de estabelecer como pilar da diversidade e da inclusão um dos princípios da governança corporativa: a equidade, que determinará a adoção de um tratamento isonômico a todos, respeitadas suas diferenças.
Como exemplo, pode-se mencionar um estudo realizado pelo Grant Thornton, uma das maiores empresas globais de auditoria, que constatou um importante avanço em relação ao percentual de mulheres que atualmente ocupam cargos de liderança. Quando em 2019 o sexo femino trabalhava com a proporção de 25% em relação aos homens, hoje são 38% dos cargos de gestão ocupados por elas.
Diante desses dados, que atestam uma elevação do percentual de mulheres que ocupam posições de liderança, percebemos que as empresas já enxergaram a força das iniciativas que promovem a equidade dentro de suas organizações. Isso deve ser tratado como um princípio basilar das iniciativas de diversidade e inclusão, uma vez que, somente assim, será possível estabelecermos tratamento justo a todos, respeitadas as peculiaridades de cada um.
Desse modo, o que se conclui é que a governança está a serviço da diversidade, pois apenas desse modo é possível assegurar prosperidade e longevidade dos negócios de uma forma justa, isonômica e sustentável.
Itaminas: empresa que prioriza a diversidade e a inclusão
A empresa de extração de minério de ferro, Itaminas, utiliza a metodologia de lavra a céu aberto e tratamento de minérios, conquistando índices mundiais. Nas usinas são gerados quatro tipos de produtos: Sinter Feed Concentrado, Sinter Feed Alta Sílica, Hematitinha e Pellet Feed.
Desde 1958, ainda no início das operações, a Itaminas investe em pessoas, meio ambiente e tecnologia seguindo sempre em sintonia com as transformações do mundo. Atentos às necessidades dos colaboradores, fornecedores, clientes, comunidade e meio ambiente, a empresa cria uma relação que gera valor de maneira transparente.
Por: Estado de Minas