A PeckShield, companhia que investiga crimes relacionados à blockchain, informou na última quarta-feira (3) que aproximadamente US$ 4,8 milhões em criptomoedas foram transferidos da corretora cripto ZB.com em meio à notícia de que iria suspender os saques.
No Twitter, a PeckShield alega que há indicativos de que hackers foram responsáveis por transferir 21 tipos diferentes de tokens da corretora desde segunda-feira (1). Alguns tipos de tokens incluem Tether, Shiba Inu e Tesra. Confira os tweets:
Conforme o investigador da blockchain, os fundos que anunciaram a investigação totalizaram cerca de US$ 4,8 milhões até o momento.
Na terça-feira (2), a corretora ZB informou a suspensão de depósitos e saques, após sentir uma “falha repentina de alguns aplicativos principais” na segunda (1º). A corretora também pediu os usuários para não realizarem qualquer tipo de depósito de criptomoedas antes da recuperação do sistema.
“Usuários do ZB, devido à falha repentina de alguns aplicativos principais, estamos respondendo esses problemas. Para manter seus ativos seguros, suspendemos temporariamente os serviços de Depósito e Retirada enquanto resolvemos o problema. Forneceremos uma atualização assim que concluída. Obrigada.”
Muitos investidores em criptomoedas foram afetados por hacks multimilionários recentes. Em junho, um ataque levou à remoção de US$ 100 milhões da Horizon Bridge, uma ponte de cadeia cruzada que facilitou a transferência de tokens entre a blockchain Harmony e outras redes. No início desta semana, hackers tiraram US$ 200 milhões em criptomoedas da ponte de tokens Nomad.
De acordo com o site da corretora ZB.com, a empresa afirma ser “a corretora de ativos digitais mais segura do mundo”. Ela foi fundada em 2013, originalmente com o nome CHBTC.com.
Antes, a ZB era sediada na China, mas a companhia de criptomoedas suspendeu suas operações no país em setembro de 2017, após os reguladores locais proibirem as corretoras desse tipo de investimento.
Após o episódio e o início da investigação, os tokens continuam parados até a tarde desta quinta-feira (4), uma vez que a ZB não deu resposta ainda via redes sociais. A carteira que foi utilizada para receber os fundos da corretora no primeiro suposto ataque também continua com um montante de cerca de US$ 1 milhão em criptomoedas.
Por Victória Anhesini