segunda-feira,23 setembro, 2024

Entenda como funciona a graduação em arquitetura e urbanismo

Escolher uma profissão para seguir não é uma tarefa fácil, mas a melhor maneira de tomar essa decisão é conhecendo bem a vivência de
cada uma das opções consideradas. Aqueles que tem interesse no curso
de arquitetura e urbanismo, podem conferir agora algumas informações a respeito da rotina do curso.

Um arquiteto é o profissional responsável por projetar espaços como casas, prédios, órgãos públicos, bairros, praças e até cidades. É ele quem planeja as construções, cria as plantas, define os materiais e propõe soluções que vão ao encontro das necessidades dos clientes.
A arquiteta urbanista, mestre em conforto ambiental e eficiência
energética e coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo
da Universidade de Várzea Grande (Univag), Carmelina de Moraes, conta que o curso possui uma vasta área de atuação, mas dentre as principais estão: elaboração de projetos, projetos de interiores, projetos de patrimônio histórico, execução de obras na área
da engenharia e construção civil, orçamentos e quantificações, projetos
urbanos de parcelamento de solo e planos diretor para cidades. Segundo ela, o curso possui 10 semestres, totalizando 5 anos de duração e como trabalho de conclusão o aluno desenvolve um projeto de obra.

Carmelina explica sobre a área na qual é mestre. De acordo com ela,
a eficiência energética e conforto estuda de quais formas os projetos e
as construções podem utilizar mais os recursos naturais. O objetivo é fazer com que as edificações apresentem um bom desempenho e conforto térmico para os usuários, com um menor consumo de energia, focando em uma arquitetura sustentável. O uso de recursos naturais tem estado cada vez mais presente, afirma a mestre.
Uma dúvida frequente para os vestibulandos é a obrigatoriedade de
saber desenhar para iniciar o curso e, segundo Carmelina, a resposta é não.

“Saber desenhar não é um pré-requisito e sim uma habilidade que o alunodesenvolve ao longo do curso. Hoje os projetos de arquitetura são feitos, emsua maioria, com o uso de softwares especializados, mas sem deixar o lado humano”, diz.


O curso possui disciplinas relacionadas a área de história, representação gráfica, desenvolvimento de maquetes e cálculo. A profissão de arquiteto urbanista está em constante atualizações, pensando nisso, a Univag fornece em sua grade uma disciplina
chamada Materiais Contemporâneos, onde é feito um estudo para essas
atualizações. A coordenadora diz que durante o período pandêmico a busca por arquitetos urbanistas aumentou, pois, por conta do isolamento, as pessoas passaram muito tempo dentro de casa
e começaram a ter um outro olhar sob suas habitações, percebendo a
necessidade de investir nesses espaços para que fiquem mais confortáveis.


Ponto de vista
A estudante de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Larissa Millano, conta que durante a graduação os
alunos são estimulados a pensar em projetos que atendam as demandas dos clientes, mas que também beneficiem e
façam sentido para o município onde vivem.
A jovem de 23 anos, que atualmente está do 3º semestre, afirma que escolheu esse curso por conta de sua amplitude de possibilidades e por
oferecer áreas nas quais são possíveis praticar a criatividade de diversas formas. Larissa diz se interessar muito pela área de patrimônios históricos.

“Prédios antigos são a minha verdadeira paixão desde que eu me entendo por gente, quando entro em um me sinto acolhida. É interessante ver como as pessoas trabalhavam antigamente e conseguiam projetar coisas incríveis com tão pouca tecnologia, isso me encanta demais.”

Lissa Millano – Hotel Globo

Nos primeiros semestres todos os desenhos são feitos manualmente e
futuramente os alunos vão aprendendo como utilizar os softwares, diz a
estudante. A prática manual serve para estimular a criatividade, mas a
chegada da tecnologia vem trazendo novas formas de trabalho, otimizando o tempo e reparando de forma minuciosa possíveis erros que antes poderiam passar despercebidos.

Larissa afirma que a presença da tecnologia no curso se tornou essencial, tanto na produção dos projetos quanto na apresentação para os clientes.

“As pessoas não querem mais ver um desenho apenas no papel, alguns clientes enxergam até mesmo como algo ultrapassado, então o projeto precisa ser digitalizado”, explica.


O mercado de trabalho para o profissional formado em arquitetura
encontra-se em expansão no país. A necessidade de conforto aumentou, o home office tornou-se uma realidade, entre várias outras mudanças que, provavelmente, vão perdurar durante muito tempo.

Por: Victória Oliveira

Victória Oliveira
Victória Oliveirahttp://www.360news.com.br
Victória Oliveira é jornalista e estudante de cinema integrante do time 360 News. Especialista em escrever sobre atualidades, tecnologia, cultura e entretenimento.

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