Sendo o 14º país que mais consome vinhos no mundo, o Brasil vê sua produção evoluir com ajuda de estudos e tecnologia. O método desenvolvido por pesquisadores brasileiros e espanhóis a partir da análise das antocianinas pode melhorar ainda mais a qualidade do produto.
Segundo informações divulgadas pela Embrapa, o Brasil está entre os 15 países com maior consumo de vinho em todo o mundo. Ainda segundo a instituição, em doze anos (2010-2022), o número de brasileiros apreciadores da bebida saltou de 22 para 44 milhões. A Embrapa destaca que tanto na região Sul quanto no Nordeste a qualidade vem aumentando, com premiações e reconhecimento internacional. Nessa perspectiva, uma inovação pode potencializar ainda mais a colheita nas vinícolas nacionais.
Um método desenvolvido por pesquisadores brasileiros e espanhóis, que utiliza cromatografia líquida bidimensional abrangente, estuda a evolução das antocianinas nas uvas enquanto amadurecem. Essas informações ajudam a definir o melhor momento para a colheita.
Brunno Magnavita, fundador da Elite Vinho, explica que as antocianinas são vitais para a qualidade do vinho, influenciando cor, sabor e propriedades sensoriais. “Com este método, podemos garantir a colheita das uvas no ponto exato de maturação, otimizando a qualidade dos vinhos tintos brasileiros e realçando suas características únicas”, afirma.
Exemplo dessa eficiência foi um estudo relatado na matéria citada sob responsabilidade da Embrapa, em que uvas Malbec foram testadas em uma vinícola em Garanhuns (PE), sob condução do Professor Mairon Moura da Silva, da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). Como resultado, foi encontrado o momento ideal para a colheita, aprimorando a qualidade do produto e, consequentemente, beneficiando o produtor.
Para Magnavita a implementação dessa técnica tem o potencial de transformar a indústria vinícola brasileira. “Ela oferece uma abordagem mais científica e precisa para a produção de vinhos, o que pode resultar em produtos de qualidade superior. Isso não apenas melhora o perfil sensorial dos vinhos, mas também aumenta seu valor no mercado global”, comenta o fundador da Elite Vinho.
Por fim, Brunno considera essencial reconhecer que, enquanto esta técnica abre novas possibilidades para a viticultura nacional, ela também requer investimentos em tecnologia e formação. “A adoção dessa abordagem científica pode ser desafiadora inicialmente, mas é um investimento valioso para o futuro da vinicultura no Brasil”, pondera.
E complementa: “Além disso, essa técnica contribui para uma compreensão mais profunda dos compostos fenólicos presentes nas uvas, que são fundamentais para as propriedades de saúde e sensoriais do vinho”.
Para saber mais, basta acessar: www.elitevinho.com.br
Fonte: Terra