sexta-feira,10 maio, 2024

Startup aposta que inteligência artificial substituirá sites e aplicativos

startup Sierra desenvolve modelos com inteligência artificial (IA) – como se fossem ChatGPTs – para grandes empresas. Seu objetivo é “melhorar a experiência do cliente”. Seu mercado são empresas que se comuniquem com seus clientes. E sua aposta é que IA conversacional (estilo ChatGPT e Gemini, por exemplo) substituirá sites e aplicativos eventualmente.

Para quem tem pressa:

  • A startup Sierra desenvolve modelos de IA conversacional (estilo ChatGPT) personalizados para grandes empresas. Sua aposta é que essa tecnologia vai substituir sites e aplicativos eventualmente;
  • Bret Taylor e Clay Bavor, fundadores da Sierra e ex-executivos da Salesforce e Google, respectivamente, acreditam que a IA conversacional revolucionará a presença digital das empresas;
  • A Sierra já tem como clientes empresas como WeightWatchers e Sonos, demonstrando a aplicabilidade e o potencial de seus modelos de IA para transformar a interação entre empresas e consumidores em diversos setores;
  • A startup foca em criar agentes de IA que sejam eficazes, agradáveis e seguros, utilizando múltiplos modelos para evitar desinformação e garantir que os bots reflitam os valores e procedimentos das empresas com precisão.

Pelo menos, é o que Bret Taylor (ex-co-CEO da Salesforce) e Clay Bavor (ex-Google), fundadores da startup, disseram em entrevista à newsletter da Wired, publicada nesta sexta-feira (16). “Seu plano [da startup] me parece uma validação da previsão amplamente expressa de que 2024 será o ano em que os modelos de IA que mexeram com as nossas cabeças no último ano se transformarão em produtos reais”, escreve Steven Levy.

IA no lugar de sites e aplicativos

Pessoa prestes a tocar linhas de programação de inteligência artificial

A Sierra não mira a tal “superinteligência”. Ao invés disso, a startup usa avanços recentes em IA para modernizar empresas convencionais e não técnicas. Ambos entendem que a IA conversacional é um avanço comparável ao advento do smartphone – e terá tanto impacto quanto (senão mais) no cotidiano.

No futuro, o agente de IA de uma empresa – basicamente a versão de IA dessa empresa – será tão importante quanto o seu site. Isso vai mudar completamente a maneira como as empresas existem digitalmente.Bret Taylor, co-fundador da startup Sierra, em entrevista à Wired

Entre os primeiros clientes da Sierra, estão: WeightWatchers, Sonos, SiriusXM e OluKai (empresa de roupas “inspiradas no Havaí”). Para Levy, a dupla está entre os líderes mais visionários do Vale do Silício. Além do cargo na Salesforce, Taylor foi um dos desenvolvedores mais importantes do Google Maps nos anos 2000. Já Bavor liderou os trabalhos voltados à realidade virtual (VR) no Google, por exemplo.

IA nas (e das) empresas

inteligência artificial

Para criar bots eficazes, agradáveis e seguros, a Sierra desenvolveu soluções que avançarão a tecnologia de agentes de IA em geral. Em relação a uma das questões mais preocupantes – alucinações que podem dar informações erradas aos clientes – a Sierra usa vários modelos de IA de uma vez. Aqui, um modelo age como “supervisor” para garantir que o agente de IA desvie para absurdos, conforme explicado pelos fundadores da startup.

Devido à capacidade e vasto “conhecimento” dos grandes modelos de linguagem, esses agentes digitais entendem os valores e procedimentos de uma empresa tão bem quanto um humano. Talvez até melhor, aponta Levy. O processo de treinamento é mais parecido com a integração de um funcionário do que a configuração de regras num sistema.

“Descobrimos que muitos de nossos clientes tinham uma política, e então eles tinham outra política por trás da política, que é a que realmente importa”, diz Bavor. Os bots da Sierra são sofisticados o suficiente para saber disso. E também inteligentes o suficiente para não revelar as informações de imediato, e conceder aos clientes um acordo especial apenas se eles insistirem.

Assim, o objetivo da Sierra é “mudar as interações automatizadas com cliente do inferno para a felicidade”, escreve Levy. “Se você perguntar a 100 pessoas se elas gostam de conversar com um chatbot, provavelmente nenhuma dirá sim. Mas pergunte às mesmas 100 pessoas se gostam do ChatGPT e todas dirão que sim”, diz Taylor. A startup aposta que fornece o melhor dos dois mundos: interações eficazes que os clientes amam, com os benefícios de um robô.

Texto: Pedro Spadoni

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