sábado,23 novembro, 2024

O que é um algoritmo?

Um algoritmo é uma sequência de ações executáveis que entregam uma solução para determinado problema. Em geral, ele é conduzido por um conjunto de cálculos que estabelecem procedimentos precisos, padronizados e eficientes para questões matemáticas ou computacionais.

Todo algoritmo possui uma dado de entrada (input) e outro de saída (output), orientado pelas instruções previamente definidas. Embora seja um conceito associado a computadores, os algoritmos têm aplicação muito mais simples no dia a dia das pessoas.

A programação de softwares e sites pode ser considerada um algoritmo (Imagem: Reprodução/Pixabay)

Uma receita de bolo e um manual de instrução de uso de eletrodoméstico podem ser considerados algoritmos físicos, porque partem do mesmo princípio. No caso da receita, você terá os ingredientes como dados de entrada, o passo a passo de como fazer (as instruções algorítmicas) e o bolo pronto como a saída.

Se você deixar de colocar a farinha ou colocar menos manteiga do que manda a receita, o bolo não sairá como o planejado. Por outro lado, você poderia cumprir o tutorial certinho e adicionar pedaços de castanha na massa para deixá-la mais crocante. Nesse caso, o algoritmo de fabricação do bolo teria sido aprimorado.

Aplicação do algoritmo no dia a dia

Para existir um algoritmo, é preciso traçar um objetivo de alcance, algo muito específico para resultar dos procedimentos realizados. Quanto mais complexo um problema, maior será exigência de desenvolver um algoritmo capaz de solucioná-lo.

Na modernidade, são muito usados em estratégias de otimização de buscadores e na entrega de conteúdos em redes sociais. Os algoritmos determinam se um post é relevante baseado em dados como quantidade de pessoas alcanças, total de visualizações, número de interações e outros.

No caso da busca orgânica, o algoritmo processa os dados baseados em palavras-chave e faz o comparativo conforme os sites mais adequados. Os cálculos matemáticos consideram a sua localização, histórico de busca, hábitos de acesso, visualizações do site, autoridade da página, além de várias outras características para elencar quais resultados exibir na frente.

O algoritmo da Pesquisa do Google faz múltiplas contas matemáticas para determinar se o conteúdo é apropriado para seu interesse (Imagem: Reprodução/Google)

Bugs e travamentos em software são normalmente causados por algoritmos falhos. O usuário executa uma ação inesperada, repete comandos várias vezes ou não tem poder de processamento suficiente para executar o comando, o que gera a pane de programação.

Algoritmo é uma coisa boa ou ruim?

Como tudo na vida, um algoritmo pode ter tanto o lado positivo quanto o negativo. A parte boa é a satisfação dos seus anseios de forma precisa, como a localização de um conteúdo desejado ou do consumo de fotos e vídeos sobre um tema específico. Sabe quando você assiste a um vídeo sobre seu time favorito e depois é bombardeado com conteúdos de futebol?

Já a parte ruim é o reforço de estereótipos, manutenção do status quo e criação de bolhas de conteúdos. Quando um algoritmo é afinado para seus gostos, a tendência é entregar cada vez mais coisas sob medidas, deixando as pessoas presas a temas únicos. Isso pode acabar tendo impacto na saúde física e mental de algumas pessoas.

Não é a toa que os algoritmos de redes sociais vivem sendo criticos por criar imensos bolsões de ignorância ou de temáticas negativas. Se alguém está triste e busca por um assunto nocivo para a sua saúde, por exemplo, alguns tipos de algoritmo podem reforçar esse comportamento ao exibir dezenas de conteúdos similares.

Com o advento do aprendizado de máquina, computadores começaram a corrigir erros em algoritmos para torná-los cada vez mais próximos da perfeição. Quanto mais falhas são cometidas, mais aperfeiçoado vira o modelo. Agora, imagine isso ocorrendo constantemente não com uma ou duas pessoas, mas com milhares de usuários centenas de vezes por dia.

Não é a toa que os algoritmos hoje regem a vida das pessoas. É provável que isso não mude tão cedo, já que a sociedade moderna é altamente dependente das máquinas para executar funções recorrentes no trabalho, no entretenimento, nas finanças e até na otimização das tarefas domésticas.

Por Alveni Lisboa 

Redação
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