A empresa de infraestrutura de telecomunicações Nokia prevê um aumento na demanda de rede devido a avanços em setores como metaverso, Web3 e inteligência artificial (IA) e planeja preencher essa lacuna até 2030.
O relatório “Estratégia de Tecnologia 2030” da Nokia concentra-se na construção de uma arquitetura de rede para atender ao mercado de tecnologias emergentes. A Nokia prevê um aumento de 22% a 25% na demanda de rede de 2022 a 2030. Federico Guillén, presidente de infraestrutura de rede da Nokia, atribuiu o potencial aumento à recente introdução da IA generativa e dos dispositivos de realidade virtual no mercado mais amplo.
A estratégia da empresa envolve investir pesadamente em seu portfólio de equipamentos e serviços de rede nos próximos anos. A Internet do Valor é um dos seis ecossistemas que a Nokia atenderá, com foco em descentralização, blockchain e contratos inteligentes. O foco da Nokia no metaverso se concentrará na realidade aumentada, na computação espacial e o no processamento dividido.
Os ecossistemas restantes incluem IA, Indústria 5.0, economia de Interface de Programação de Aplicativos (API) e continuidade da nuvem.
Em 2022, a Nokia montou dois laboratórios para estudar o metaverso e as tecnologias que sustentam o ecossistema e testou várias iniciativas industriais e de metaverso em larga escala em 2023.
A Nokia desenvolveu uma futura arquitetura de rede baseada na tecnologia de rede de gêmeos digitais. Um gêmeo digital é uma simulação de um objeto físico, usado principalmente para prototipagem e testes nos setores de manufatura, construção e similares. No sul da Austrália, a Nokia tem usado o metaverso para ajudar potencialmente os técnicos de aeronaves Cessna em aeroportos localizados em áreas remotas.
“Tínhamos um Microsoft HoloLens conectado a 5G e pudemos instruir as pessoas sobre como fazer a manutenção de um Cessna usando realidade aumentada nesse caso”, disse Robert Joyce, diretor de tecnologia da Nokia Oceania, ao Cointelegraph em 2023.
Separadamente, dois cientistas da Finlândia fizeram experimentos com gêmeos digitais chamados “Metahumanos” para mostrar o potencial do metaverso para gamificar o gerenciamento de funcionários em oposição a um programa de otimização tradicional. O artigo afirmava que:
“Um MetaHumano vai além de uma representação visual, incluindo traços internos da pessoa que ele representa, como suas emoções e estados cognitivos.”
Em um cenário do mundo real, os dados coletados por meio de gêmeos digitais em simulações industriais podem ser usados para determinar estratégias de trabalho ideais para equipes ativas, novas medidas de segurança e otimização de desempenho e produção.
Por: ARIJIT SARKAR
