A vereadora Michelly Alencar, do partido União Brasil, faz uma avaliação do seu primeiro mandato para Câmara de Cuiabá e classifica como positivo a sua caminhada política no seu primeiro compromisso como parlamentar. A jornalista tem como principais bandeiras a defesa da mulher, das pessoas com deficiência, do esporte, das ações sociais, da educação e a fiscalização das ações do Poder Executivo municipal – fez um histórico e citou os desafios enfrentados no cenário político.
“A minha avaliação é uma avaliação positiva, porque eu percebo que desde que eu vim para a política, inicialmente havia uma insegurança se eu iria desempenhar um bom papel, porque como jornalista já tinha consolidado a minha profissão, minha competência no âmbito do jornalismo”.
Ela continua: “Quando eu vim para a política, houve essa certa insegurança das pessoas. Acho que inclusive do meio político, se eu iria ter a mesma competência, porque eu não era envolvida com nenhum tipo de segmento político, era bem alheia à quando entrei, já entrei sendo a oposição. A figura da oposição para uma gestão onde Emanuel (Pinheiro) tem uma base muito consolidada, então o primeiro ano foi extremamente desafiador. Foi um ano de muitos desafios”.
Para a vereadora, a reflexão apresentada nas ações de enfrentamento nas pautas em que atua, tem como o objetivo de contribuir para uma transformação que julga necessária e cujo sentido é promissor. “Eu sempre faço questão de fazer uma fala importante, que as mulheres participem cada vez mais do processo, que as mulheres não necessariamente tenham que se candidatar, e que, se quiserem, tem espaço para elas, mas aquelas que não quiserem, não se absterem da participação dentro do posto do processo, não se absterem de saber que o espaço político, uma roda de conversa política, tem espaço para elas também, porque parece que todas as vezes que alguém está falando de política, a mulher já não se sente muito confortável”, afirma.
Michelly também reforça que todo o processo para a construção de um novo cenário, passa pelo olhar nos detalhes que muitas vezes escapam dos condutores das mudanças, buscando identificar limites e possibilidades de oferecer, quando possível, contribuições para o aprofundamento da mudança. “Não é fácil, porque tenho que me impor em vários momentos, porque parece que só os homens têm conhecimento, opinião sobre determinados assuntos. Então eu sempre faço questão de dizer para as mulheres que esse espaço é nosso, ele precisa ser ocupado por nós e ele não é um espaço que tem que lutar contra os homens, ele é um espaço que tem que abraçar homens e mulheres com igualdade”.
A parlamentar cita os precedentes históricos repletos de boas intenções que não se afirmam, leis que não pegam e reformas que não vingam, por serem esquecidos detalhes conceituais, processuais, culturais e outros, necessários à sua implementação e consolidação de uma proposta de mudança sólida, que busca igualdade e democratização dos espaços e ambientes. “Isso só vai acontecer quando nós realmente nos colocarmos à disposição e entendemos que se eu não ocupar, outra pessoa vai ocupar e na maioria das vezes é um homem, então nós precisamos fazer esse movimento para as mulheres se enxergarem na política e eu quero ser essa pessoa – que faz as mulheres entenderem que têm voz, vez e capacidade, por mais que elas ouçam não é esse o lugar delas”.
A busca por mudança e por representatividade coletiva, promove a participação da vereadora de forma efetiva também para o desenvolvimento de políticas públicas para o Estado de Mato Grosso, em especial nas áreas de sua especialidade; defesa dos direitos da mulher, esporte, inclusão, saúde, dentre outras. “Eu acredito que na política você sempre vai ter lados, você vai ter que escolher um lado e você vai ter que fazer parte de um grupo, na política ninguém caminha sozinho. E eu escolhi fazer parte de um grupo que tem a mesma visão de política que eu tenho, que é a visão de entregar resultados para a população, é a visão de deixar com que os instrumentos da política impactem positivamente a vida das pessoas. O objetivo do grupo que eu escolhi, se você analisar, sempre foi a busca por entregar resultados”.
A vereadora, que usa frequentemente a tribuna da Câmara de Cuiabá para falar sobre as ações e projetos desenvolvidos por ela no legislativo cuiabano e a importância da representatividade feminina no parlamento – em 2022, sugeriu mais de 15 projetos de Lei, 2 anteprojetos, 87 requerimentos e mais de 80 fiscalizações e requerimentos na capital, além de indicações e emendas destinadas para pautas pontuais monitoradas pelo seu gabinete.