segunda-feira,20 maio, 2024

Jovens europeus estão dispostos a ter menos filhos e abandonar o uso de carros para ajudar o planeta, indica pesquisa

Apesar disso, as populações mais novas se mostraram menos propensas a adotar pequenos novos hábitos, como eliminar o consumo de carnes e laticínios da dieta e não comprar plásticos descartáveis

Os jovens europeus estão dispostos a fazer grandes mudanças no seu estilo de vida para ajudar a combater as mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, estão menos propensos a adotar pequenos novos hábitos.

De acordo com a pesquisa YouGov, realizada na Grã-Bretanha, na Dinamarca, na França, na Alemanha, na Itália, na Espanha e na Suécia e publicada pelo jornal The Guardian, 28% dos entrevistados com idade entre 18 e 24 anos e 30% dos com 25 a 34 anos disseram que estão propensos a ter menos filhos. Entre os mais velhos, esse índice foi de 13% a 19%.

Além disso, os mais jovens revelaram que estão abertos a abandonar o uso de automóveis. Cinquenta e quatro por cento dos na faixa etária entre 18 e 24 anos indicaram que iriam apenas caminhar, andar de bicicleta ou utilizar os transportes públicos e 41% que mudariam para um carro elétrico, contra 45% e 21%, respectivamente, das pessoas com mais de 65 anos.

Eles também se mostraram mais dispostos a pagar mais por viagens aéreas (30% dos com idade entre 18 e 24 anos contra cerca de 22% dos com mais de 55 anos) e comprar apenas roupas de segunda mão (35% das pessoas de 18 a 24 anos e 38% das de 24 a 34 anos contra 26% das com mais de 65 anos).

Em relação a eliminar o consumo de carnes e laticínios da dieta, o número foi menor: apenas 21% dos participantes entre 18 e 24 anos afirmam que fariam isso ou já fizeram. Ainda assim, é uma taxa superior as das populações de 55 a 64 anos (17%) e acima de 65 anos (13%).

Outras pequenas mudanças, como criar espaços verdes nas suas casas, comer apenas produtos sazonais ou nunca comprar plásticos descartáveis, os mais velhos relataram que ficariam felizes em adotá-las ou que já o tinham feito.

Pelos dados da pesquisa, as gerações mais jovens pareciam mais propensas a apoiar medidas governamentais radicais em áreas políticas fundamentais do que as mais velhas, mas eram menos favoráveis do que esse segundo grupo a medidas de políticas públicas que pudessem ser percebidas como incrementais.

Por exemplo, a proibição da produção e venda de automóveis a gasolina e a diesel teria o apoio de 46% dos jovens dos 18 aos 24 anos e de 42% dos jovens dos 25 aos 34 anos, contra 28% das pessoas na faixa etária dos 55 anos aos 64 anos e 22% das com mais de 65 anos.

Já as restrições governamentais às embalagens, os programas para plantar mais árvores, uma taxa sobre passageiros frequentes e medidas rigorosas para garantir a eficiência energética das casas tenderam a ser mais apoiadas, ou quase igualmente, pelos grupos etários mais velhos.

Preocupação com as mudanças climáticas

A reportagem do The Guardian destaca que a sondagem mostrou pouca diferença de idade no que diz respeito à preocupação com a crise climática e os seus prováveis efeitos, com mais de 70% das pessoas de 18 a 24 anos e das com mais de 65 anos afirmando que estão muito ou bastante aflitas.

Todas as faixas etárias concordaram que o clima mundial está mudando como resultado da atividade humana, embora o grupo de 18 a 24 anos fosse ligeiramente mais propenso a dizer que as causas não eram antropogênicas.

Por fim, independentemente da idade, os europeus salientaram que a União Europeia deveria tomar decisões sobre como enfrentar a crise climática em nome dos seus Estados-Membros ao invés dos países adotem medidas de forma independente.

Texto: Redação, do Um Só Planeta

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