Epic Games abraça cripto e NFTs e lista jogos da Gala Games, mas critica token ‘fake’ de Fortnite

Uma das maiores empresas da indústria de videogames, Epic fecha parceria com empresa de jogos em blockchain, mas sofre com criptomoeda que usa nome de Fortnite sem autorização

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GRIT, da Gala Games, será o primeiro jogo em blockchain disponível na Epic Games Store (Divulgação/Gala Games)

O crescimento do mercado de jogos em blockchain tem movimentado a indústria global de games. A Valve, por exemplo, baniu jogos com NFTs da sua plataforma; já a Epic Games adotou tom mais amigável à nova tecnologia – mas tem sofrido um pouco por isso. Na mesma semana em que abriu as portas para um jogo em blockchain na sua plataforma, a empresa foi vítima de uma criptomoeda que usa o nome do seu principal produto sem autorização, o game Fortnite.

Jogos da Gala Games na Epic Store

No começo desta semana, a Gala Games, uma das principais empresas de jogos em blockchain do mundo, anunciou parceria para colocar alguns dos seus títulos à venda na loja da Epic Games, que tem mais de 194 milhões de usuários.

O primeiro fruto dessa parceria é o jogo GRIT, um battle royale que se passa no Velho Oeste e foi construído usando o motor gráfico Unreal Engine para efeitos visuais realistas. O jogo será lançado ainda em 2022.

“A Epic é pioneira e visionária na indústria de videogames. A disponibilidade dos títulos da Gala Games na Epic Game Store traz legitimidade a esse novo gênero de jogos. O fácil acesso aos jogos da web3 é um ponto fundamental para os jogadores que ainda não viram como a propriedade digital [com NFTs] pode enriquecer a experiência de jogo”, disse John Osvald, presidente da Gala Games.

Criada em 2020, a Gala Games é uma empresa de jogos em blockchain focada na Web3, que usa descentralização, propriedade dos jogadores com NFTs e sistemas de recompensas, para criar uma nova maneira de jogar. Com dezenas de jogos no horizonte e vários já em pré-venda ou em versão beta, a Gala rapidamente se tornou uma das líderes mundiais deste novo setor.

CEO da Epic reclama de criptomoeda “fake” de Fortnite

Um dos jogos mais populares do mundo, Fortnite é o principal produto da Epic Games, com mais de 80 milhões de jogadores. A fama e o mercado bilionário ao redor do jogo chamaram atenção de aproveitadores, inclusive do mercado cripto.

Na última segunda-feira, 6, o CEO da Epic Games, Tim Sweeney, precisou falar sobre uma criptomoeda “fake”, que usa o nome do famoso jogo: “Não existe uma criptomoeda do Fortnite. As contas do Twitter que promovem essa coisa são fraudulentas. Os advogados da Epic já trabalham nisso. Além disso, é uma vergonha que mercados de criptoativos permitam esse tipo de coisa”.

A manifestação do executivo vem depois que o Fortnite Token começou a ganhar popularidade nas redes sociais e em plataformas de negociação de criptoativos.

Os desenvolvedores da criptomoeda rebateram o líder da Epic Games, dizendo que o projeto “não é um golpe, é uma criptomoeda focada na comunidade de jogadores, que fãs de Fortnite criaram”. Eles também afirmaram que o projeto “não tem um dono específico ou empresa por trás”.

O fato de ter sido lançado por entusiastas do jogo, entretanto, não ficou claro durante a divulgação do ativo, que dava a entender que se tratava de uma criptomoeda oficial de Fortnite. Além disso, o ativo digital também esbarra em uma série de questões sobre licenciamento de marcas e direitos autorais.

Após a polêmica, o perfil oficial do Fortnite Token foi suspenso pelo Twitter, o site oficial do projeto foi tirado do ar e o monitoramento do seu preço foi desativado em plataformas como CoinMarketCap e CoinGecko. No entanto, continua disponível para negociação na corretora descentralizada Pancake Swap, apesar de ter um baixíssimo volume no momento.

Por: Gabriel Rubinsteinn

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