quinta-feira,09 maio, 2024

Ecossistema não é comunidade e vice-versa

A um bom tempo venho participando de ações em prol das comunidades empreendedores de inovação, criatividade, startups, entre outras. Costumo dizer que foram as comunidades as quais eu faço parte que mudaram a minha vida e a minha carreira. Da mesma forma para as comunidades, comecei a desenvolver voluntariados para o ecossistema de ciência, tecnologia, criatividade, empreendedorismo e inovação de Mato Grosso e do Brasil. Porém, recentemente, participei fóruns de discussão sobre as temáticas mencionadas e percebi uma confusão.

É gente falando de comunidade, mas se referia ao ecossistema. São outras pessoas que falam que o Ecossistema é a comunidade. E, no final, aqueles que deveriam ser sensibilizados e motivados a desenvolver as ações, como as que as pessoas que estão no palco falando desenvolvem e/ou desenvolveram, não entendem nada.

Quando o assunto é voluntariado, nós fazemos e falamos sobre o que gostamos. Sobre o que temos afinidade, sobre o que nós nos identificamos!

Vamos entender essa questão dando um com zoom bem grande e depois vamos afunilando, combinado?

Quando falamos de ecossistema, nada mais estamos fazendo que uma a analogia de ecossistema biológico aplicada ao ambiente empresarial, em que houve êxito para explorar o caráter interdependência e coevolução dos atores que o compõem. Segundo a fundação CERTI, temos quatro atores principais: “.com”; “.gov”; “.edu”; e o “.org”. Assim, se o ator em questão desenvolve ações que possuem fins lucrativos, ele é o “.com”; agora, se for um ator de alguma esfera governamental, seja, municipal, estadual ou federal, ele é o “.gov”; já, se o ator desenvolve ações que capacitam e formam talentos, seja no âmbito privado ou público, ele é o “.edu”; e, por fim, quando a sociedade se organiza, por afinidade, por interesses em comum, em prol de um mesmo propósito, estamos falando do “.org”. Entenderam a charada agora?

Sim, é isso mesmo, as comunidades estão dentro do ecossistema e não ao contrário, não ao lado, não em outro lugar. Vou repetir: a comunidade é um dos atores do ecossistema.

Portanto, grave isso e se permita identificar como você pode e/ou está impactando a nossa cena de ciência, tecnologia, criatividade, empreendedorismo e inovação, isto é, verifique se você tem uma atuação mais abrangente por todo o ecossistema ou se você está mais restrito à sua comunidade. E faça o seu melhor!

Vale lembrar que ambos os papeis são fundamenteis e devem ser feitos. Eu mesmo, comecei atuando na comunidade aqui da baixada cuiabana, a Digoreste Startups, mas hoje já consigo pensar em ações mais abrangentes por todo o ecossistema de ciência, tecnologia, criatividade, empreendedorismo e inovação de Mato Grosso e algumas coisas do Brasil.

Ahh! Aqui eu quis deixar explícito quem é quem na “fila do pão”, mas se você quiser trocar uma ideia mais aprofundada sobre cada ator, estou à disposição para um papo no LinkedIn (https://www.linkedin.com/in/f%C3%A1biosilva89/) ou no Instagram (@fabioyaotta).

Até a próxima!

Por: Fábio Silva, fundador da Mokambu Consultoria

Fábio Silva
Fábio Silvahttps://www.linkedin.com/in/f%C3%A1biosilva89/
Fundador da Mokambu, uma consultoria de gestão de projetos e inovação, mentor de startups e "startupeiro" que já quebrou. Dedica-se profissionalmente ao Parque Tecnológico de Mato Grosso, sendo agente de inovação e, também, é responsável pelo Connecta Hub, um hub de inovação focado no setor florestal que pertence ao Grupo Innovatech. Por fim, é pai da Maria Teresa e do Jorge Miguel, companheiro da Jéssica, voluntário na Digoreste Startups e um entusiasta de tecnologias e inovações que mudam a vida das pessoas.

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