A multinacional de insumos agrícolas Bayer passará a utilizar dados e ferramentas digitais para viabilizar as operações de barter, em linha com sua estratégia de se tornar uma viabilizadora da transformação digital no campo. Ainda em fase pré-comercial, a companhia lança o Barter+ powered by FieldView, modelo de negócio que busca personalizar as transações feitas por meio dessa modalidade de vendas de acordo com a produtividade de cada agricultor.
O piloto do projeto foi iniciado em 2022 e estava disponível apenas para uma cartela de clientes selecionados que atenderam a alguns pré-requisitos, como o de ser cliente FieldView Plus. “O foco do Barter+ powered by FieldView foi a safra 22/23 e, para esse ano, ele se torna um produto da companhia, visando as operações de Barter da safra 23/24, o que nos mantém em linha com a nossa missão de alcançar um número cada vez maior de produtores rurais, oferecendo soluções que facilitem e otimizem o dia a dia no campo”, conta Carlos Branduliz, líder de commodities e finanças de clientes da divisão agrícola da Bayer.
Operações de barter têm ganhado espaço no mercado brasileiro sobretudo em períodos de juros altos e restrição de crédito. Trata-se de uma modalidade de venda entre produtores rurais e empresas de insumos agrícolas em que o pagamento ocorre de forma diferente do convencional, com um acordo realizado antes da colheita, em que o produtor adquire os produtos e realiza o pagamento com a produção colhida na safra subsequente.
Para que as operações sejam formalizadas, o produtor se compromete a entregar determinada quantidade dos produtos cultivados como pagamento, a ser registrada na Cédula de Produto Rural (CPR), um dos documentos solicitados para a transação via barter. O cálculo desta quantidade tradicionalmente se baseia em um padrão de produtividade na região obtida a partir de médias calculadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com o Barter+, o cálculo deixa de ser feito em cima de médias e passa a olhar os dados individuais de produção do agricultor, por meio do histórico de produtividade registrado na plataforma Climate FieldView.
Segundo Branduliz, realizar um cálculo padrão para um grupo de produtores acaba colocando produções de diferentes níveis tecnológicos em um mesmo patamar. “Foi aí que sentimos a necessidade de olhar para o produtor de forma customizada, para que pudéssemos demonstrar seu nível real em produtividade e, ao mesmo tempo, mostrar os benefícios na adesão ao uso de tecnologias digitais, como as da Climate FieldView”, conta.
O executivo ainda afirma que, enquanto líderes do setor, a Bayer busca também ser protagonista no processo de digitalização do campo, apoiando o agricultor em sua jornada do início ao fim. Para ele, o programa, que ainda está em fase pré-comercial, é mais um avanço na estratégia de transformação digital e novos modelos de negócios da companhia, o que comprova o quanto a empresa está empenhada em se tornar uma facilitadora digital junto a produtores rurais.
Com alguns testes iniciais realizados nas culturas de soja, milho e algodão, já foi possível notar sua eficiência e precisão com as primeiras negociações feitas no Mato Grosso e na Bahia. Por meio dos dados obtidos com o FieldView, foi possível constatar que a produção da fazenda era superior a estimativa padrão oficial CONAB, resultando em um aumento do poder de compra do produtor.
“A transformação digital é um dos pilares estratégicos da Bayer e nos permite atender clientes de maneira cada vez mais personalizada, aprimorando a forma como os apoiamos na solução de problemas e melhorando a eficiência de nossas próprias operações”, conta Branduliz. “O Barter+ Powered by Fieldview é mais um passo da Bayer para gerar valor, melhorar a experiência dos produtores rurais e utilizar dados digitais como um habilitador de novos modelos de negócio”, completa o executivo.
Além de já iniciarem a coleta e processamento de dados pela plataforma Climate FieldView, interessados poderão buscar mais informações com os representantes Bayer em sua região.
Fonte: Bayer