Em tempos de economia desafiadora e muitas incertezas, como saber o que é um bom negócio na hora de contratar um parceiro?
Em tempos de economia desafiadora, muitas incertezas e insegurança, como saber o que é um bom negócio na hora de contratar um parceiro, um fornecedor, um distribuidor? Para começo de conversa, conhecendo o que, definitivamente, não é um bom negócio.
Por exemplo, os negócios degenerativos, descartáveis e instáveis, resultantes de uma conduta predatória que privilegia custos baixos de produção, desrespeito às pessoas e à natureza e crescimento sem escrúpulos, além de gerar incontáveis danos sociais – desde desperdícios que não são contabilizados no processo produtivo até imprudências de qualidade da comercialização dos produtos e serviços. Neste modelo, em que só quem conhece “os esquemas” ganha: a oferta de preço pode até ser boa, mas os riscos são altos.
Esta não é a solução mais garantida, porém, a depender das circunstâncias, especialmente para quem tem pressa e quer economizar, fazer um mau negócio pode ser mais comum do que se imagina.
No outro extremo, estão os negócios perfeitos que, cada vez mais, tendem a ser negócios regenerativos, renováveis e circulares, resultantes de um pensamento consciente: uso inteligente dos recursos naturais, valorização dos colaboradores, reaproveitamento sustentável do que pode ser reaproveitado. Neste formato todos ganham, pois as soluções são pensadas para o bem-comum, em um fluxo de causa e efeito que considera os impactos de cada tomada de decisão, com mais responsabilidade e consciência das consequências para todo o ecossistema. Não é preciso conhecimento técnico para perceber que este é o jeito mais seguro de fazer negócios.
Porém, frente à complexidade de implementá-lo de forma sistêmica junto a stakeholders que precisariam praticar estes mesmos valores e condutas para manter o equilíbrio da implementação, alguns o consideram ainda utópico e impraticável.
O que fazer para, no meio deste paradoxo, garantir um bom negócio?
Dica prática, entre o mundo ideal e o choque de realidade: invista na construção da sua própria rede estratégica de parceiros, de acordo com os valores que você prioriza. Dá trabalho, mas pode trazer resultados consistentes, em concordância com as suas expectativas, reunindo empresas e profissionais com interesses similares e gerando benefícios em comum. Vale testar, avaliar o potencial de integração e, em conjunto, fazer as sintonias para que tudo flua cada vez melhor, garantindo boa produtividade e boa interação com a sociedade.
Se o negócio vai ser bom, o tempo vai dizer.
Mas que já é um bom começo, ah, pode ter certeza.
Por Marina Pechlivanis, fundadora da Umbigo do Mundo e especialista em gift economy e gestão do encantamento.