Nos Estados Unidos, agricultores perderam 20% ou mais dos seus rendimentos previsto
Assim como as fantasias mais horripilantes, as morangas, abóboras laranjas que decoram as festas na data, são essenciais para ter um Dia das Bruxas autêntico. Mas até mesmo a data em que os sustos são a regra estão ameaçados por um dos principais horrores vividos pelo planeta atualmente: as mudanças climáticas.
Nos Estados Unidos, o calor deste verão, que quebrou recordes mundiais e trouxe temperaturas bem acima dos 40ºC, prejudicou enormemente a colheita de morangas, segundo produtores de diferentes regiões reportaram à Associated Press.
Não só porque as culturas, apesar de resistentes ao calor, não são tão resistentes quando ele se torna extremo; mas também porque o atraso das chuvas neste ano prejudicou o crescimento das abóboras. Alguns agricultores perderam 20% ou mais dos seus rendimentos previstos.
Outros, diante da seca, desistiram de plantar a espécie, sabendo que o fornecimento de água seria, no melhor dos casos, metade do da temporada anterior. Aí, quando as chuvas chegaram, foram torrenciais, transformando os campos num enorme lamaçal, impedindo qualquer plantação adicional que muitos agricultores desejassem fazer.
“Quando começou a chover e a chuva começou a afetar o abastecimento de nossos reservatórios e tudo mais, já era tarde demais para este ano”, disse Alan Mazzotti, um agricultor de abóboras do Colorado. Texas e Novo México foram outros estados bastante prejudicados pelo clima em relação às morangas.
Steven Ness, que cultiva feijão e abóboras no centro do Novo México, disse que o aumento do custo da irrigação à medida que as águas subterrâneas diminuem é um problema generalizado para os agricultores da região. Além da produção diminuída, os produtores vêm enfrentando custos maiores com água e eletricidade.
E, mesmo quando a plantação vinga, o calor extremo acaba estragando parte da produção no transporte. As abóboras também precisam de um clima mais fresco para serem colhidas, ou começarão a se decompor durante o processo de transporte, às vezes desintegrando-se antes mesmo de chegarem às lojas.
Foi o que aconteceu com Jill Graves, que já desistiu de cultivar suas próprias abóboras este ano, e as adquiriu de um atacadista. Mas ela também relata que essas abóboras apodreceram mais rapidamente do que nos anos anteriores. “Esse procedimento funcionou perfeitamente nos últimos dois anos, mas desta vez não”, comentou.
Texto: Redação, Um Só Planeta
