As Nações Unidas marcam o Dia Internacional dos Povos Indígenas neste 9 de agosto. Com foco na juventude, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destaca o papel dos jovens na “criação de mudanças e na moldagem do futuro”.
Ele também ressalta que, em todo o mundo, os povos indígenas enfrentam sérios desafios, com as suas terras e recursos ameaçados, seus direitos minados e sua persistente vulnerabilidade à marginalização e à exclusão.
Líderes da ação climática
Segundo o chefe da ONU, a juventude indígena está ajudando a lutar contra isso.
Guterres afirma que eles são os líderes no movimento global de ação climática, defendem justiça e igualdade, celebram suas culturas, promovem os direitos humanos e sensibilizam para a história e questões indígenas ao redor do mundo.
O líder das Nações Unidas explica que os conhecimentos e tradições indígenas estão profundamente enraizados no desenvolvimento sustentável e podem ajudar a resolver muitos desafios comuns do momento atual.
Assim, ele afirma ser vital que a juventude indígena, tanto as mulheres quanto os homens, esteja envolvida nos processos de tomada de decisão.
Guterres pede que haja compromisso em garantir os direitos individuais e coletivos da juventude indígena, bem como em apoiar o seu envolvimento nos diálogos globais e na tomada de decisões.
Povos indígenas pelo mundo
Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, os povos indígenas vivem em todas as regiões do mundo e possuem, ocupam ou usam cerca de 22% da área terrestre global.
Eles somam entre 370 e 500 milhões de pessoas e representam a maior parte da diversidade cultural do mundo.
A Unesco ainda destaca que eles falam a maioria das cerca de 7 mil línguas do mundo e representam 5 mil culturas diferentes.
Apesar de suas diferenças culturais, os povos indígenas de todo o mundo compartilham problemas comuns relacionados à proteção de seus direitos como povos distintos.
De acordo com a agência da ONU, muitos povos indígenas continuam a ser confrontados com a marginalização, pobreza extrema e outras violações dos direitos humanos.
Fonte: Onu News