A Nvidia, a fabricante de chips para mineração de cripto e inteligência artificial, anunciou um investimento na Synthesia, uma startup que pretende tornar mais fácil a criação de clones digitais com o uso de Inteligência Artificial. A empresa britânica levantou US$90 milhões na rodada de investimentos, tornando-se oficialmente um unicórnio.
O valor arrecadado pela Synthesia será utilizado para financiar pesquisas envolvendo IA. Nesse sentido, a empresa espera avançar parcerias com universidades para tornar os “clones digitais”, uma realidade acessível para empresas e influenciadores.
Um relatório da empresa de capital de risco Atomico, aponta que a Europa está entre os maiores mercados de IA no mundo. Para este ano, o velho continente deverá alocar ao menos US$51 bilhões em investimentos na área.
Sobre a Synthesia
A Synthesia foi fundada em 2017, desenvolvendo um software que permite a criação de avatares digitais. O software desenvolvido pela companhia está disponível em cerca de 120 idiomas.
A empresa promete eliminar a necessidade de atores, equipamentos e longas horas de edição para produção de vídeos em divulgações comerciais. Nesse sentido, o software desenvolvido pela empresa pode permitir a criação de avatares digitais para grandes marcas, com impacto personalizado.
A empresa não divulgou dados gerais sobre seus resultados, mas menciona já ter gerado ao menos 12 milhões de vídeos.
Modelo cria IA para ser “webnamorada” no Onlyfans
Em um exemplo pitoresco sobre clones digitais, a influenciadora Caryn Marjorie, de 23 anos, lançou uma IA que “clona” sua personalidade. A modelo utilizou cerca de 2 mil horas de vídeos seus para treinar uma IA que agisse como ela. Logo em seguida, a influenciadora lançou uma modalidade onde os fãs poderiam pagar US$1 por minuto para conversar com “Caryn”. O resultado foi de US$73 mil em vendas em apenas um dia.
A influenciadora, porém, desativou seu “projeto”, ao perceber que a IA estava sendo influenciada pelos contratantes. A IA de Caryn passou a agir de maneira promíscua com base nos inputs de usuários.
Casos como o da Synthesia, porém, podem colaborar para marcas profissionais. Em um futuro não tão distante, é possível que avatares de lojas dialoguem com seus consumidores. Em suma, estes avatares poderiam utilizar seus dados para saber como lhe convencer a comprar determinado produto.
Fonte: BT