A Agroceres Multimix abriu as portas de seu Núcleo de Tecnologia e Inovação para profissionais de imprensa, que tiveram a oportunidade de conhecer uma estrutura que é inédita no mercado brasileiro de indústrias de nutrição animal. Os jornalistas, redatores, fotógrafos e cinegrafistas visitaram o Centro de Pesquisas e a Granja Paraíso, localizados nas cidades mineiras de Patrocínio e Patos de Minas, respectivamente.
Anualmente a empresa investe mais de R$10 milhões para desenvolvimento de novos produtos, validação e qualificação de insumos e aditivos, aperfeiçoamento das matrizes nutricionais, além de estudos de manejos e equipamentos. Segundo o diretor da empresa, Ricardo Ribeiral, nenhuma empresa brasileira de nutrição animal possui uma estrutura própria de pesquisas como a da Agroceres Multimix.
Em apresentação aos profissionais da imprensa, Ribeiral lembrou que o Grupo Agroceres nasceu da pesquisa, em 1945, a partir do desenvovlimento do primeiro milho híbrido do Brasil. “Isso faz parte da nossa cultura e todas as unidades de negócios da Agroceres têm uma ligação muito forte com a pesquisa e a inovação”, explicou.
Ele lembrou que a unidade de nutrição animal surgiu a partir da demanda dos clientes da unidade de genética de suínos, pela alimentação que era fornecida pela empresa aos animais fornecidos ao mercado. “Então, está no nosso DNA a permanente busca por inovação através da pesquisa”, afirmou.
Todos os meses, as equipes técnicas da Agroceres Multimix participam de fóruns internos onde são discutidas tendências, situações encontradas em campo e diversos outros assuntos referentes à realidade do mercado. A partir dessas discussões são criados protocolos de pesquisa, testes e validações que, posteriormente, são realizados no Núcleo de Tecnologia e Inovação.
Por três dias, os profissionais de sites, revistas e mídias televisivas participaram de visitações, palestra, entrevistas coletivas e individuais. Os jornalistas e redatores trouxeram perguntas sobre temas como sustentabilidade, bem-estar animal, rigor científico das pesquisas e parcerias com entidades públicas de pesquisas, entre outros temas.
Segundo o Gestor de Marketing da Agroceres Multimix, Eric Wood, o objetivo da ação foi abrir as portas da estrutura de pesquisas da empresa à imprensa. “Além de nos mostrarmos de forma transparente à mídia especializada do agronegócio brasileiro, ainda conseguimos gerar uma importante oportunidade de troca de informações e conhecimento com a nossa equipe técnica, uma experiencia única para todos”, explica.
Bem-estar animal
Entre 1990 e 2023 mais de 1,3 milhão de animais, entre aves, suínos e bovinos participaram de experimentos dentro da estrutura de pesquisas da Agroceres Multimix, resultando em importantes avanços para o setor. Segundo o Gerente de Pesquisa e Saúde Animal da empresa, Tarley Araújo Barros, para cada experimento é desenvolvido um protocolo de bem-estar animal, que é avaliado por uma CEUA (Comissão Ética de Uso de Animais).
A referida Comissão é formada por funcionários da Agroceres Multimix, professores de universidades e membros da sociedade civil organizada. A CEUA também é registrada no CONCEA (Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal), órgão federal a quem a empresa presta contas de todos os experimentos que realiza a cada ano.
Rigor Científico
Todos os experimentos desenvolvidos pela Agroceres Multimix são delineados considerando repetibilidade (aumenta a precisão das médias e reduz erros), casualidade/aleatoriedade (elimina intenção de priorizar determinado tratamento) e controle local (aumenta a precisão experimental).
Nos espaços de pesquisas da Agroceres Multimix também é aplicado o princípio do controle de meio, voltado para o ambiente e demais variáveis não experimentais que possam colocar o experimento em risco. As medidas fazem parte dos cuidados essenciais para que os resultados dos experimentos tenham poder estatístico e algo grau de confiança.
Segundo o Gerente de Pesquisa, com as análises estatísticas é possível determinar parâmetros de qualidade e segurança dos dados, por meio de avaliação da homogeneidade dos resíduos experimentais e o intervalo de confiança das respostas, ancorados pelo que é conhecido no meio científico por valor de P.
Dados seguros e estruturados para gerar muita análise
Todos os dados dos experimentos desenvolvidos no Núcleo de Tecnologia e Inovação da Agroceres Multimix são inseridos em um software próprio da empresa e abastecem uma plataforma analítica que apoia a tomada de decisões do grupo.
Como exemplo, mais de 674 mil ovos já foram analisados, gerando um banco de dados capaz de correlacionar dados como idade, genética, nutrição, peso de ovos, espessura e resistência de casca, altura, peso e percentual de albúmen, cor, peso e percentual de gema, entre outros.
“Conseguimos segmentar os dados por linhagens de animais, idade, sistema de produção, entre outras características”, explica o Gerente de Pesquisas. “Dessa base analítica nós conseguimos extrair, por exemplo, recomendações de sistemas produtivos para nossos clientes”, completa.
Tarley explica ainda que a estrutura de pesquisas da Agroceres Multimix também abriga experimentos desenvolvidos em parceria com casas genéticas e universidades, entre outras entidades. Entre os parceiros da empresa para a realização de pesquisas e experimentos estão a EPAMIG, Universidade Federal de Viçosa, UFMG, UFLA, Unesp, USP, Kansas State University e Embrapa.