sábado,23 novembro, 2024

Startup holandesa lança caminhão a hidrogênio na Europa

O caminhão movido a célula de hidrogênio poderá ser uma tendência para o transporte de cargas na Europa. Isso porque a tecnologia permite que o veículo rode longas distâncias. Portanto, deverá ser uma importante alternativa aos elétricos, cujo foco deverá ser as operações urbanas. Porém, a tecnologia ainda é muito cara e praticamente não há postos de abastecimento nem mesmo no continente europeu.

Seja como for, já há boas iniciativas em prol do caminhão a hidrogênio. Uma das mais recentes foi apresentada pela Zepp.Solutions. A startup holandesa lançou um projeto que prevê a produção também de ônibus a célula a combustível para o mercado mundial.

Segundo a empresa, a novidade é um cavalo-mecânico com tração 4×2 que pode puxar reboques com até 13,6 metros de comprimento. Além disso, o modelo batizado de Zepp Europa pode rodar, em tese, mais de 1.000 km. O modelo tem desenho que lembra o do Mercedes-Benz Actros – confira abaixo:

Caminhão a hidrogênio tem tanques de 80 litros

De acordo com a empresa, os tanques de hidrogênio têm capacidade para 50 kg de hidrogênio líquido. Além disso, o combustível pode ser pressurizado a 350 bar. Como resultado, o novo caminhão pode rodar mais de 700 quilômetros. A célula a combustível do Zepp Europa gera potência de 900 kWh.

Além disso, a startup holandesa promete lançar uma célula de 1.450 kWh em 2024. Nesse caso, haverá tanques com capacidade de levar 80 kg de hidrogênio e pressão de até 700 bar. Assim, a autonomia estimada é superior a 1.000 km.

Vale lembrar que ainda não há rede de reabastecimento capaz de atender esse modelo na Europa. Em outras palavras, atualmente os poucos postos trabalham com pressão de 350 bar.

Incentivos fiscais

Conforme a Zepp.Solutions, as vendas do novo caminhão começam ainda neste ano. Porém, essa tecnologia ainda é muito cara. Assim, a viabilidade desse tipo de solução depende de incentivos fiscais. Na Holanda, por exemplo, há o programa batizado de AanZET, que banca até 37% do valor de veículos pesados que não emitam poluentes durante operações de transporte.

Fonte: Estadão

Redação
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