domingo,24 novembro, 2024

Black Friday atrai mais visitas ao e-commerce do que Natal

Depois de um pico de tráfego no e-commerce brasileiro em novembro, por ocasião da Black Friday, o setor registrou baixa em dezembro — embora este também seja um mês esperado pelos lojistas por causa das compras de Natal.

Na comparação mensal, houve queda de 4,7% nas visitas únicas entre as plataformas do comércio eletrônico, somando 2,5 bilhões de acessos no mês.

Foi o segundo melhor desempenho de 2022, contudo: em novembro, esse número havia sido de 2,63 bilhões. Os dados fazem parte do Relatório dos Setores E-commerce no Brasil da Conversion do mês de dezembro.

Em outras palavras, a Black Friday atraiu mais pessoas ao e-commerce do que o Natal, apesar dessa última data do ano ainda ser considerada mais importante pelos setores do varejo e de serviços — ao menos em termos de receitas.

O perfil de segmentos mais acessados pelos consumidores reforça essa percepção: se no mês da Black Friday houve aumento nas buscas por itens esportivos, eletrodomésticos e eletrônicos e joias e relógios, em dezembro quem viu suas visitas aumentarem foram os players de produtos infantis (10,5%), do turismo (7,6%), de comidas e bebidas (6,4%).

Na verdade, os produtos mais acessados em novembro foram justamente os que sofreram as quedas mais bruscas agora, como o segmento de Esportes, que perdeu 16,5% do seu tráfego, e o de Eletrônicos, que desidratou cerca de 14%.

O varejo, principal segmento do relatório, também caiu em dezembro (-4,9%), puxando para baixo o resultado geral.

Outros grupos relevantes também perderam visitas, como o de Moda e Acessórios (-3,1%) e o de itens importados (-4,6%).

“Esses dados mostram o perfil comum de consumo dessa época do ano, em que as famílias procuram presentes para crianças, organizam a ceia de Natal e projetam as viagens de férias”, explica Diego Ivo, CEO da Conversion.

“O que é interessante é observar como o e-commerce se alinhou bastante às compras da Black Friday, quando as pessoas vão atrás de uma variedade maior de produtos — pensando nas oportunidades e no que elas já estavam esperando há alguns meses para comprar”, completa.

Por: Mercado e Conteúdo

Imagem: Shutterstock

Redação
Redaçãohttp://www.360news.com.br
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