terça-feira,24 setembro, 2024

Em esforço para preservação, cientistas congelam pela primeira vez espécies da Grande Barreira de Coral

Cientistas que trabalham na Grande Barreira de Corais da Austrália testaram com sucesso um novo método para congelar e armazenar larvas de corais que, segundo eles, poderia ajudar a restaurar os recifes selvagens ameaçados pelas mudanças climáticas.

Os cientistas estão lutando para proteger os recifes de corais à medida que o aumento da temperatura do oceano desestabiliza ecossistemas delicados. A Grande Barreira de Corais sofreu quatro eventos de branqueamento nos últimos sete anos, incluindo o primeiro branqueamento durante um fenômeno de La Niña, que normalmente traz temperaturas mais baixas.

O coral congelado criogenicamente pode ser armazenado e posteriormente reintroduzido na natureza, mas o processo atual requer equipamentos sofisticados, incluindo lasers. Os cientistas dizem que um novo método leve pode ser fabricado de forma barata e preserva melhor os corais, conforme a Reuters.

Em um teste de laboratório feito em dezembro, o primeiro do mundo com corais da Grande Barreira de Corais, os cientistas congelaram larvas de corais no Instituto Australiano de Ciências Marinhas (AIMS). O coral foi coletado do recife para o teste, que coincidiu com a breve janela anual de desova.

“Se pudermos proteger a biodiversidade dos corais… então teremos ferramentas para o futuro para realmente ajudar a restaurar os recifes e esta tecnologia para os recifes de corais no futuro é uma verdadeira virada de jogo”, afirmou à Reuters Mary Hagedorn, pesquisadora sênior do Smithsonian National Zoo and Conservation Biology Institute.

A tecnologia, que ajudará a armazenar larvas de coral a -196°C, foi desenvolvida por uma equipe da Faculdade de Ciências e Engenharia da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

Por Redação

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