domingo,24 novembro, 2024

FAPESP e Ericsson inauguram centro de pesquisa para desenvolvimento de serviços avançados de conectividade

O novo hub de excelência em telecomunicações está sediado no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e conta também com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), além de aproximadamente 50 pesquisadores associados de outras 15 instituições acadêmicas brasileiras.

O centro é apoiado pela FAPESP no âmbito do programa Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs), que viabiliza sinergias entre a iniciativa privada e o setor acadêmico visando produzir e disseminar pesquisa de nível mundial, com a geração de alto impacto econômico e social por meio da inovação. Desde a criação do programa, em 2012, foram criados e entraram em operação 20 centros.

À Ericsson coube implementar toda a infraestrutura tecnológica que habilitará os novos trabalhos de pesquisas, que estarão 100% integrados ao portfólio de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) que a empresa realiza em seu centro de inovação localizado em Indaiatuba, no interior de São Paulo. Além disso, o novo centro irá operar como braço de pesquisa global da Ericsson, dedicado ao compartilhamento e transferência de conhecimento técnico.

“O centro Smartness será único no Brasil em termos de excelência na área de telecomunicações e redes de computadores. Reunirá alguns dos mais experientes pesquisadores do país na construção de uma nova plataforma de rede habilitada para capacitar modalidades de uso de 5G e também de 6G verdadeiramente revolucionárias”, diz Mateus Santos, head de pesquisa da Ericsson no Brasil.

Segundo ele, as novas gerações de conectividade móvel estão levando a experiência de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) a patamares cada vez mais altos, com grandes quantidades de minúsculos dispositivos e arquiteturas cognitivas. Trata-se de redes ricas em recursos — velocidade ultrarrápida, baixíssima latência e excelente confiabilidade para o usuário final –, com estruturas complexas para serem gerenciadas pelas operadoras.

“A participação da Ericsson nesse programa permitirá a exploração dessas arquiteturas cognitivas orientadas por inteligência artificial na construção de redes mais seguras, altamente automatizadas, baseadas em dados e mais eficientes em termos de energia. Com os avanços científicos e tecnológicos esperados, as redes se tornarão gradualmente sistemas cognitivos com a capacidade de adquirir novos conhecimentos e agir de forma autônoma. Se tornarão a infraestrutura de base para uma sociedade verdadeiramente digital”, avalia Mateus.

Segundo Edvaldo Santos, head de P,D&I da Ericsson Latam South, a iniciativa, inédita também na América Latina, nasce como um polo de pesquisa de última geração, com foco no desenvolvimento de serviços avançados de conectividade móvel sob diferentes perspectivas da indústria, academia e sociedade, e possibilitará avanços importantes no campo da pesquisa e do desenvolvimento, fortalecendo o protagonismo do Brasil e ampliando seu poder de competitividade.

“Também temos com esse projeto o objetivo e o compromisso de desenvolver recursos humanos aptos a operar, otimizar e empreender a infraestrutura, as aplicações e os serviços da próxima geração de redes de telecomunicações, mantendo o Brasil no ranking Top 5 internacional de desenvolvimento de redes 6G.”

Pesquisa colaborativa

O centro Smartness será dirigido por Christian Rodolfo Esteve Rothenberg, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp, e receberá o suporte da Agência de Inovação Inova Unicamp, Núcleo de Inovação Tecnológica da Unicamp (NIT) em atividades de estímulo à inovação e apoio da gestão da propriedade intelectual, além de contar com Maria Valéria Marquezini, master researcher da Ericsson como vice-diretora.

“Nossa visão é que o hub se torne um lugar diferenciado para explorar muitos dos desafios e oportunidades de pesquisa que hoje não são plenamente cobertos, focando em áreas estratégicas nas quais os impactos científicos e tecnológicos possam ser viabilizados até 2030, em colaboração com as comunidades de pesquisa em computação em nuvem e redes de comunicação”, afirma Rothenberg.

Os pesquisadores irão explorar a programabilidade, elasticidade, escalabilidade e automação esperadas das redes e serviços inteligentes da próxima geração.

Fonte: Agência FAPESP

Redação
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