domingo,24 novembro, 2024

Edtechs levam educação emocional para alunos do ensino básico

A saúde mental tem sido um tema de grande preocupação por parte de pais e educadores. Um levantamento realizado pela Pearson, empresa de educação internacional, aponta que 96% dos pais gostariam que serviços de saúde mental fossem trabalhados nas escolas brasileiras. Duas edtechs se uniram visando oferecer acesso às competências socioemocionais a 2 milhões de alunos do ensino básico de escolas particulares.

A Educa, solução de educação socioemocional, e a Árvore, plataforma de leitura digital, são as responsáveis pelo programa “Sentir” — que conta com a assinatura do psicólogo e especialista em educação e desenvolvimento humano, Rossandro Klinjey.

O projeto tem como objetivo promover a gestão da saúde mental dos alunos e proporcionar nutrição emocional positiva com a formação continuada a educadores, pais e responsáveis. De maneira que toda a comunidade escolar seja beneficiada, o programa disponibilizará mais de 500 livros e audiolivros paradidáticos em sua plataforma digital.

Segundo uma pesquisa da Pearson, 96% dos pais gostariam que seus filhos tivessem acesso a educação emocional nas escolas (Imagem: Divulgação/Árvore)

Síndrome de Burnout entre educadores e alunos frustrados

Para Jaime Ribeiro, CEO e cofundador da Educa, o trabalho em conjunto realizado com a Árvore irá contribuir diretamente para a formação e desenvolvimento de líderes educacionais. Ele cita as dificuldades enfrentadas por coordenadores, diretores e professores durante a pandemia, sofrendo com os impactos psicológicos e físicos por síndromes de adoecimento mental.

“A trilha proporcionada pelo programa ‘Sentir’ vem para colaborar com o bem-estar destes profissionais, além de prepará-los para orientar alunos e familiares da forma mais humanizada possível”, enfatiza.

O empreendedor relata que o projeto se encontra em um formato digital com uma comunicação direcionada para a nova geração. A ferramenta ainda permite que as ementas disciplinares de ensino estejam alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com a implementação de uma hora por semana na carga horária de aulas.

Para Rossandro Klinjey, psicólogo e cofundador da Educa, a parceria entre as edtechs chega em um momento crucial: “O que temos visto na maioria das escolas são alunos que não conseguem nomear o que estão sentindo e com dificuldades de relacionamento interpessoal. Isso acaba virando um grande peso para geração atual, também refletido em casa e na família”.

“Além de possibilitar que a escola acompanhe de perto o aprendizado contínuo, a plataforma faz com que o jovem crie ferramentas para entender o seu lugar no mundo, a sua individualidade e a do outro”, complementa Klinjey.

João Leal, CEO e cofundador da Árvore, aponta que a parceria é oportuna, visto que o tema da saúde mental tem gerado muita demanda desde o início da pandemia: “Essa parceria tão importante com a Educa nasceu para oferecer um programa de educação socioemocional que desenvolve toda a comunidade escolar: alunos, educadores e famílias, trazendo inovação na forma de abordar o assunto.”

Ele ainda ressalta a importância de saber se comunicar com o publico-alvo: “O grande diferencial do Sentir é ser um programa digital, por isso totalmente alinhado à linguagem das novas gerações e que utiliza a leitura como fio condutor neste processo de desenvolvimento”.

As famílias também vão participar da jornada de desenvolvimento dos alunos através da Escola Parental Digital da Educa, com encontros exclusivos conduzidos por especialistas de diversas áreas de psicologia, terapia familiar, comportamento e muito mais. Confira mais informações sobre o projeto Sentir no site da Árvore.

Por: Giovana Pignati 

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