As aventuras de um super-herói cego foram parar nos quadrinhos em braille. A história conta a trajetória de Luís, um pré-adolescente que descobre que tem o poder de transformar textos de escrita comum em sistema braile e que, por isso, tem uma identidade secreta chamada Super Braille.
A professora Hylea Vale, uma das autoras da história em quadrinhos, explica os desafios de produzir as aventuras do herói. “O desafio maior do Super Braille é a questão de ser uma história em quadrinhos que a gente precisa trazer para o braille as descrições dos desenhos”, afirma.
A produção dos quadrinhos é feita pelo Instituto Benjamin Constant, que é vinculado ao Ministério da Educação. O instituto já realiza a produção de materiais no sistema braille há pelo menos 63 anos, como a revista Pontinhos. Nela, começou a ser contada a história de Luís.
Hylea afirma que, nos quadrinhos, o poder de Luís vem de uma bengala que ele ganhou do avô. “Um menino que é vidente – como a gente chama na área da deficiência visual – é o menino que enxerga. E ele encontrou uma bengala mágica. Quando ele mudava de mão, ele ficava cego e conseguia passar a mão nos textos e enxergar, ou seja, passava a transformar aquilo que estava em tinta em braille”, explica.
A publicação vai ter distribuição gratuita e trimestral. Pessoas físicas e instituições de ensino públicas podem solicitar gratuitamente tanto as histórias em quadrinhos do Super Braille quanto a revista Pontinhos. Para isso, é só preencher o formulário no site do Instituto Benjamin Constant.
Por: Eduardo Cupertino* – Estagiário da Rádio Nacional – Brasília