Criada no município de Chapada dos Guimarães, a jovem formada em gastronomia, Ana Beatriz Hirooka, decidiu fundar a marca de comidas veganas congeladas chamada Pranta. Ana, que cresceu em contato direto com a natureza, sempre possuiu uma alimentação equilibrada. Ela conta que desde criança demonstrava interesse pelo ramo alimentício.
“Minha mãe sempre introduziu uma variedade de alimentos em casa, mesmo antes de me tornar vegana eu já tinha uma tendência voltada para alimentação a base de plantas”, diz a proprietária.
A Pranta surgiu em um cenário pandêmico, logo quando Ana retornou de um período morando em São Francisco, na Califórnia. Ela já possuía o hábito de preparar refeições congeladas para consumo próprio e a partir disso começou sua transição para o veganismo. Reforçando sempre sobre a praticidade que a comida congelada e de qualidade pode oferecer.
“Foi quando eu pensei, por que não vender essa praticidade para as pessoas? E assim surgiu a Pranta. Quero quebrar o preconceito de que comida congelada não é boa. Entendendo o funcionamento dos alimentos é possível fazer refeições com qualidade”, conta Ana.
Os hamburgueres vegetais congelados são o carro chefe da empresa, mas o cardápio conta com diversas opções, como por exemplo: almôndegas, kaftas, kibe, lasanha, escondidinho, moqueca de banana-da-terra, dadinho de tapioca, geleias e o Q” ralado, uma espécie de queijo vegetal. Todas as refeições são preparadas com produtos livres de origem animal, também não são utilizados conservantes e temperos artificiais em sua composição. De acordo com a proprietária, até mesmo os produtos de limpeza que são utilizados para higienização do espaço de preparo dos pratos são de marcas que não realizam testes em animais.
A proprietária explica que o nome do estabelecimento vem da junção do termo prana com a palavra planta. Prana é conhecida como a energia vital que permeia pelo universo. Acredita-se que o termo significa “energia absoluta”, sendo assim um princípio de energia ou força presente em tudo a nossa volta. Dessa forma, a Pranta busca oferecer a energia pura dos alimentos para aqueles que os consomem.
Ana conta que não atende somente ao público vegano e vegetariano, mas que também é frequentemente procurada por pessoas que buscam reduzir o consumo de carne. Segundo ela, de início, algumas pessoas torcem o nariz, mas que após provarem os pratos se surpreendem e acabam mudando de ideia.
A jovem explica que, até o momento, trabalha sozinha e busca sempre se organizar metodicamente dentro da sua linha de produção. Sendo responsável desde o desenvolvimento e ideias de novos produtos, criação de conteúdo, compras, produção, até a chegada do pedido diretamente ao cliente. Ana conta que quando decidiu montar a empresa transformou um cômodo de sua casa, que até então não estava sendo utilizado, em uma cozinha exclusiva para a empresa.
O delivery atende por retirada e por entrega em Chapada e vem para Cuiabá uma vez por semana. Os pedidos podem ser feitos diretamente pelo WhatsApp. A empresa possui alguns produtos a pronta entrega e aceita encomendas, por trabalhar com produtos congelados, eles possuem uma durabilidade maior.
O número de pessoas que tem interesse em adotar uma alimentação sem carne, ou simplesmente reduzir o consumo de produtos de origem animal, cresce a cada dia. Para alguns, essa transição pode ser um pouco complicada.
Para Ana, o melhor caminho é não se pressionar e ir com calma. Segundo ela, o processo pode ser difícil no começo, mas que com o passar do tempo vai ficando mais fácil. Entender que essa transição não acontecerá do dia para a noite é fundamental.
“Quando comecei a empresa esse processo de parar de consumir produtos de origem animal se tornou algo natural. Mudei meu estilo de vida e passei a observar questões de meio ambiente, indústria, causa animal e ética sob um olhar diferente. A partir disso passei a me questionar o motivo de ainda consumir carne”, conta a gastrônoma.
Ana finaliza dizendo que uma das propostas da Pranta é mostrar que é possível passar por essa transição na alimentação de uma forma tranquila e saborosa, provando que a proteína animal não é uma necessidade.
Por: Victória Oliveira
