Startup Tractian capta R$ 80 milhões para digitalizar chão de fábrica

Empresa monitora possíveis falhas elétricas e mecânicas nos equipamentos antes que parem de funcionar

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A startup Tractian anuncia nesta terça, 17, que captou R$ 80 milhões para trazer as máquinas da indústria para o mundo digital. Por meio de sensores, a empresa monitora possíveis falhas elétricas e mecânicas nos equipamentos antes que parem de funcionar e a produção precise ser interrompida. A estratégia é usar a tecnologia para facilitar o trabalho feito no “chão de fábrica”, principalmente na área de manutenção.

“Percebemos que as soluções já existentes são antigas e não conseguem resolver os problemas de quem está atuando na linha de frente”, afirma ao Estadão o co-CEO, Gabriel Lameirinhas, que viu o problema na prática depois de trabalhar como engenheiro de software na Klabin. Ele destaca que a dificuldade em antecipar possíveis falhas no maquinário é “uma dor comum para todos os tipos de indústrias”.

Fundada em 2019, a Tractian tem atualmente 200 clientes de setores como aviação, automotivo, alimentício e bebidas, metalúrgico, sucroalcooleiro, aeroportos, entre outros. Entre os nomes atendidos pela startup estão Embraer, Bosch, Danone, Hyundai e John Deere.

Depois do potencial problema técnico identificado, a Tractian oferece uma plataforma para agilizar as etapas seguintes da manutenção. No aplicativo, é possível organizar ordens de serviço e identificar quais peças de reparo estão disponíveis ou quanto tempo demoram para chegar, por exemplo. “É uma forma de diminuir a ineficiência operacional”, afirma o co-CEO e fundador da startup, Igor Marinelli.

Com a captação anunciada hoje, a startup passa a acumular R$ 100 milhões em aportes. Essa rodada mais recente foi liderada pelo Next47, o primeiro investimento do fundo americano na América Latina. Participaram ainda a Totvs, por meio de seu fundo CVC, e, o fundador da Locaweb, Gilberto Mautner.

O cheque de R$ 80 milhões será utilizado para investimentos em tecnologia, assim como expansão internacional. Além do Brasil, a empresa já atua no México e tem outros países da região no radar. Estuda ainda inaugurar as operações em Atlanta, nos Estados Unidos.

Fonte: terra.com.br

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