Mulheres na área de tecnologia: quais as perspectivas para o futuro

Estudo revela que as mulheres ocupam 16% dos empregos de alta tecnologia na América Latina; a média mundial é de 11%

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Antes de fazer qualquer análise sobre esse cenário, é importante apresentar os números mais atualizados.

Nos últimos cinco anos, a participação das mulheres no mercado de tecnologia cresceu 60%, de acordo com os últimos dados apresentados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Somente em 2021, o Banco Nacional de Empregos identificou mais de 12,7 mil candidaturas de mulheres para vagas de tecnologia, contra pouco mais de 10 mil no ano anterior.

Antes de fazer qualquer análise sobre esse cenário, é importante apresentar os números mais atualizados.

Nos últimos cinco anos, a participação das mulheres no mercado de tecnologia cresceu 60%, de acordo com os últimos dados apresentados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Somente em 2021, o Banco Nacional de Empregos identificou mais de 12,7 mil candidaturas de mulheres para vagas de tecnologia, contra pouco mais de 10 mil no ano anterior.

Em uma primeira análise, fica claro que, para alterar a disparidade entre homens e mulheres no mercado de tecnologia, é preciso ampliar as oportunidades de formação e construção de carreira no setor.

E o começo dessa história precisa ser feito na educação básica. O novo ensino médio, por exemplo, que agora conta com os chamados itinerários formativos, pode ser uma ótima oportunidade para que adolescentes entre 15 e 17 anos sejam apresentadas ao setor e encorajadas a seguir essa carreira.

No passo seguinte, nas instituições de ensino superior, as turmas de tecnologia têm poucas mulheres. Como o incentivo não vem da base, elas não se sentem encorajadas a fazer parte do mundo da tecnologia. As que ficam até o fim do curso acabam se sentindo um “peixe fora da água”. Depois de formadas, na disputa de vagas, as profissionais têm poucas referências nos cargos de liderança. Essa realidade, muitas vezes, cria algumas barreiras que afastam as mulheres da área.

Porém, as que persistem cuidam de sua formação pessoal e profissional, conseguem êxito, constroem carreiras robustas e lideram equipes com muita qualidade. Nesta perspectiva, dentro das empresas, as trilhas de formação também são uma alternativa que tem gerado resultados.

É o caso da Microsoft, em parceira com o Movimento Mulher 360. Em 2020, a gigante de tecnologia lançou o Black Women in Tech. O programa, além de levar em consideração a participação das mulheres, também contribui com a inclusão do ponto de vista da raça.

A formação abrange o desenvolvimento de soft skills e de questões técnicas. Como não são exigidos conhecimentos e experiências em tecnologia, o programa permite a transição de carreira de profissionais de outros setores. Depois do curso, as formadas ainda têm chances de contratação por indicação de empresas.

Outro ponto importante para incentivar a participação no setor é que, mesmo com a crise econômica causada pela pandemia, a área de tecnologia seguiu em alta. A demanda por profissionais qualificados para cargos como cientista de dados, engenheiros de software, desenvolvedores, especialistas e gerentes em segurança da informação e LGPD, diretores de tecnologia e CTO’s cresceu muito. Por essa razão, a formação de jovens, desde a base, faz-se muito necessária. E as mulheres podem participar de forma mais efetiva dessa realidade.

Novo ensino médio, engajamento nas universidades, formação nas empresas, alta demanda por profissionais qualificados, crescimento da área de tecnologia mesmo em um momento de crise, novas oportunidades, novas profissões, empresas querendo apostar em profissionais diferenciados: não faltam motivos e oportunidades reais para que possamos investir na participação feminina na TI.

Neste mês dedicado às mulheres, quero apresentar uma palavra de incentivo. Há oportunidades a todos que estão se qualificando. Portanto, não desista de encontrar seu lugar, não desista de realizar seus sonhos. Invista em você: a vida digital já começou. Vamos, juntas, fazer parte dela!

Fonte: Mercado e Consumo

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