quarta-feira,03 julho, 2024

Voltamos para o home office, mas até quando?!

Se em 2019, você prestava serviços remotos, eu tenho certeza de que sentia um certo receio ao falar em uma roda de desconhecidos, que seu trabalho era feito de dentro de casa.

Era inegável a cara de espanto das pessoas, com olhos de preconceito aos que optavam ou mesmo, eram colocados em home office.

Ocorre que aquilo que era a realidade de poucos bons, em 2020 passou a ser, a da maioria de nós, meros mortais.

Ninguém havia preparado um manual de sobrevivência, um vídeo de 5 minutos no Youtube, ou mesmo um e-book desses baratinhos que a gente encontra por aí.

Fomos obrigados a aprender na raça, do Oiapoque ao Chuí, como instalar programas, mexer na webcam, converter documentos em outros formatos e encarar vídeos-conferências.

Foi preciso estudar sobre a gestão de tempo que nunca foi tão imprescindível para que todo o resto funcionasse.

Não acolhemos o home office em condições normais de temperatura e pressão, uma vez que estávamos com a dinâmica familiar completamente comprometida.

Crianças foras da escola, distanciamento social e um vírus mortal rondando as ruas, impregnado nas prateleiras do mercado e até mesmo na maçaneta das portas, tiraram o nosso sono e toda possibilidade de planejamento prévio.

Em uma tarde de terça-feira, estávamos cumprindo nossas metas, quando recebemos a notícia de que deveríamos às pressas, separar nossos pertences e equipamentos, pois íamos pra casa, sem previsão de retorno.

O curioso é que sob a ótica da produtividade, a flexibilização de horários possibilitou com que o profissional organizasse a sua agenda de forma indiscutivelmente eficiente, já que economizava horas de trânsito, cafezinho com os colegas, ou almoços nos restaurantes lotados da esquina.

O resultado disso poderia ser traduzido na potencialização da energia do trabalhador, em desenvolver as devidas tarefas, já que seu estresse havia sido reduzido.

Tanto é verdade, que segundo dados disponibilizados pela Forbes que entrevistou mais de 20 mil pessoas em diversos países, inclusive no Brasil, descobriu que 52% dos entrevistados estariam dispostos a trocarem de emprego, por outro que permitisse o trabalho remoto pós-pandemia.

Claro que estamos falando de um processo a médio prazo, considerando que o home office é apenas um fato dentro de toda a realidade que nos envolve.

Se você chegou até aqui buscando uma data para o fim do home office, desculpe, eu também não tenho ideia de quando voltaremos para perto dos nossos colegas.

Mas de uma coisa eu tenho certeza: o preconceito acerca do trabalho remoto, esse sim,  foi definitivamente deletado com sucesso.

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