Responsável por grande parte das polêmicas no futebol nacional, o VAR e sua linha de impedimento são alvos de questionamentos entre os torcedores, dirigentes e veículos de mídia no país. Nessa última semana, tivemos a polêmica do jogo do Flamengo na Copa do Brasil, onde o gol do atacante Gabriel Barbosa foi anulado. No último domingo (16), o rubro-negro e o tricolor também tiveram problemas com o mecanismo no clássico.
COMO FUNCIONA O VAR
Vindo da sigla em inglês “Video Assistant Referee”, que em português significa árbitro assistente de vídeo, ele auxilia o juiz de campo a tomar decisões por meio das câmeras espalhadas pelo estádio. A equipe consiste em um árbitro de vídeo e três auxiliares, que verificam em tempo real as imagens fornecidas pelas câmeras do estádio.
Nem todos os lances são avaliados pelo mecanismo, mas a tecnologia pode ser acionada em situações como: gols ou lances que resultem em gol, possíveis pênaltis possíveis cartões vermelhos diretos, erros de identificação de jogadores – um cartão amarelo para um atleta que não fez a falta.
O representante da arbitragem em campo deve ser chamado sempre que uma clara infração é detectada pelo VAR. Em alguns casos, o árbitro de vídeo pode sugerir a revisão do lance ao juiz presente na partida. Quando isso ocorre, ele faz um sinal retangular com os dedos e assiste ao replay em uma tela localizada próxima ao gramado. Com base nas imagens, ele pode confirmar a decisão inicial ou anulá-la.
As linhas da tecnologia são traçadas pela a base, ou seja, a referência no campo para ser formado o trajeto. Durante o processo, o árbitro de vídeo decide e comanda as ações para o operador do replay executar. O VAR é quem diz onde é para traçar a linha – se é na chuteira do último defensor, ombro ou cabeça, por exemplo – Além disso, ele faz os ajustes e as últimos ordens antes da formação final.
A reclamação do público que assiste futebol é a duração da paralisação, já que a pressão pela montagem com velocidade. Outra queixa é a elaboração das linhas que é responsável pela falta de agilidade no processo.
O caso do camisa 10 do flamengo, aconteceu aos 13 minutos do segundo tempo. Ao receber o passe de Arrascaeta, que levou a melhor na velocidade e ganhou de Thiago Heleno, driblou Bento e finalizou para o gol. Na utilização do mecanismo, o VAR anulou o gol e alegou impedimento de Gabigol, causando revolta no atacante, equipe técnica e nos torcedores.
Mesmo com esses problemas, algumas pesquisas apontam a eficácia desta tecnologia. Um exemplo é da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, que analisou mais de 800 partidas em 20 países. A amostra diz que a taxa de acerto dos juízes aumentou de 93% para 99% nas quatro situações em que o VAR é utilizado.
Fonte: Portal R7