Vacinação de adolescentes contra a Covid-19: o que se sabe sobre a campanha no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, na terça-feira (27), que o Brasil deverá começar a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 no segundo semestre quando, segundo a pasta, toda a população adulta vacinável deverá ter tomado pelo menos uma dose do imunizante.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação em adolescentes ocorrerá da seguinte maneira:
os primeiros a serem vacinados serão os adolescentes com comorbidades; na sequência, os demais;
para começar a vacinação, contudo, os estados e municípios precisam terminar de vacinar, com pelo menos uma dose, toda a sua população adulta;
apesar de ter apenas uma vacina aprovada para uso em adolescentes no Brasil, a pasta não informa qual imunizante será usado e se será usado mais de um (veja mais abaixo)
além disso, os estados também dependem do envio de novas doses pelo Ministério da
Saúde
No exterior, a vacina contra Covid já é aplicada a pessoas a partir dos 12 anos em países como o Canadá e os Estados Unidos.
Algumas cidades brasileiras, como Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Niterói, no Rio, e Guajará-Mirim, em Rondônia, já começaram a vacinar adolescentes. São Luís prevê vacinar a partir desta sexta-feira (30) pessoas com 14 anos ou mais. A cidade de São Paulo informou que prevê iniciar a vacinação do público em 18 de agosto.
Um comunicado do Ministério da Saúde de terça diz que estados e municípios devem seguir rigorosamente o Plano Nacional de Imunização, “sob pena de responsabilização futura”. O G1 questionou a pasta sobre detalhes, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Vacinas liberadas no Brasil
O país conta, até o momento, com apenas um imunizante liberado para uso em adolescentes: a vacina ComiRNAty, desenvolvida pela Pfizer e BioNtech, aprovada em junho para esse público pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o órgão, estudos desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência mostraram que vacina é segura e eficaz para pessoas a partir dos 12 anos.
O governo brasileiro tem dois contratos de compra com a Pfizer e a BioNTech. De acordo com os laboratórios, o primeiro foi assinado em março e prevê a entrega de 100 milhões de doses até o final do terceiro trimestre de 2021. O segundo, firmado em 4 de maio, prevê a entrega de outras 100 milhões de doses entre outubro e dezembro.