A Atvos, uma das principais produtoras de biocombustíveis do país, com o uso de um software baseado em inteligência artificial, conseguiu aumentar sua produtividade e reduzir de custos operacionais na geração de bioenergia.
A companhia implementou o software Leaf, desenvolvido e patenteado pela iSystems, uma empresa apoiada pelo PIPE-FAPESP (Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), que tem como foco oferecer melhor controle e otimização de processos, gerando aumento de produtividade, economia de recursos e diminuição de impacto ambiental na produção industrial. O Leaf se baseia na inteligência artificial para a identificação de tendências e padrões e para a tomada de decisões, permitindo minimizar falhas e maximizar a eficiência em todas as áreas de atuação.
Por meio da integração com o sistema de automação da Atvos, o software permitiu um controle de processos sofisticado e em tempo real da Unidade Conquista do Pontal (UCP), localizada em Mirante do Paranapanema, no Oeste Paulista, garantindo a potencialização dos recursos e a redução de desperdícios. Além disso, trouxe melhorias significativas, desde o aumento da produtividade até a redução de custos operacionais da unidade agroindustrial.
Os ganhos foram percebidos desde a cogeração, moenda e até a destilação, proporcionando resultados expressivos para a UCP. A otimização da cogeração aumentou a eficiência na geração de energia elétrica a partir da biomassa. Já na etapa de moenda, a automação e o controle precisos resultaram em maior extração e redução no consumo de água bruta.
A automação avançada permitiu também uma destilação mais eficiente e de alta qualidade, enquanto a integração com o Leaf nos processos trouxe impacto positivo no rendimento total da usina, sendo percebido pelo aumento no Rendimento Total Corrigido (RTC).
“A parceria entre a Atvos e a iSystems contribui para o aumento da eficiência industrial por meio da adoção de tecnologia inovadora. Além disso, reforça o compromisso conjunto com a sustentabilidade, impulsiona a transformação do mercado de bioenergia e promove a adoção de práticas mais sustentáveis em todo o setor sucroenergético”, avalia Danilo Halla, co-CEO da iSystems.
Além dos benefícios operacionais, a implementação do software fortaleceu a segurança das operações, por meio da detecção precoce de anomalias e o monitoramento constante dos parâmetros de segurança.
A combinação da experiência da usina no setor sucroenergético com a tecnologia avançada também resultou em uma redução significativa nas emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Com informações da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Fonte: RPA News