quinta-feira,19 setembro, 2024

Usando grupo de Whatsapp, bióloga ensina sobre orcas e mobiliza cidade para ver e proteger animais

Em Seattle, nos Estados Unidos, cada vez mais moradores recebem alertas para observar orcas que passam perto da costa, e aprendem mais sobre os riscos que elas sofrem no ecossistema local

Um grupo no Whatsapp se tornou fonte de diversão e educação a respeito de orcas para a população de Seattle, no noroeste dos Estados Unidos. Ao alertar sobre a presença dos encantadores animais perto do litoral, o grupo chamado Observação da Vida Selvagem de Salish (Salish Wildlife Watch) mobiliza os moradores para observá-los, e fez crescer a preocupação entre eles pela preservação da espécie e das baleias, que vêm enfrentando riscos inéditos na região.

O nome do grupo se relaciona com as águas entre o estado de Washington e a Colúmbia Britânica do Canadá, o Mar Salish, por onde orcas e baleias circulam há muitos anos. O grupo rapidamente ganhou popularidade e já tem quase 2 mil membros.

Os usuários atribuem às atualizações em tempo real a chance de ver de perto os animais nadando no horizonte da cidade, filhotes nadando com os pais e emocionantes caçadas surgindo tão perto da costa que eles podiam “ouvir e sentir seu hálito”.

“Tem sido viciante”, disse à Associated Press Ian Elliott, membro do grupo, de Seattle, que viu orcas com amigos que visitavam a cidade. “Você pode ir a qualquer parque perto da água e ver esses animais realmente selvagens.”

Por trás dos alertas está Kersti Muul, bióloga e defensora da vida selvagem que espera que essas experiências motivem as pessoas a aprender sobre e proteger os animais. Muul criou o grupo para consolidar publicações de páginas de redes sociais que ela administrava. As dicas da presença de orcas vêm de seus amigos observadores de baleias e colegas de profissão.

“Adoro levar as pessoas para esse passeio, especialmente aquelas que nunca viram uma baleia antes. Não conheço ninguém que tenha tido essa experiência e não ame imediatamente as baleias”, diz à AP a bióloga, que inclui nos alertas de proximidade o tipo de baleia, a direção da viagem e pontos de referência próximos.

Ela espera transformar o carisma das baleias e orcas em consciência dos desafios que o ecossistema enfrenta. Vem sendo notado na região um esgotamento das corridas de salmão, são fonte de alimentação dos grandes animais marinhos. Além disso, a presença de um número cada vez maior de navios na região interfere na caça, devido ao ruído que eles emitem, e gera colisões com entre animais e embarcações.

“Eles estão em nosso quintal, o que é uma honra e uma honra para começar”, disse ela. “Estou tentando promover a inspiração como veículo de defesa dos direitos desses animais. É a única maneira de as pessoas se envolverem”, conta Muul.

Os crescentes olhares sobre os animais vêm ajudando a protegê-los dos navios. Os observadores costumam rastrear barcos particulares que se aproximam demais das baleias, emitindo alertas. E toda a observação acontece sem perturbar nem interferir na vida dos animais.

Texto: Redação, Um Só Planeta

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