Com projeto do arquiteto Francis Kéré, vencedor do Prêmio Pritzker do ano passado, o espaço online ficará pronto em 2025
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) criará um museu virtual de objetos culturais roubados, com previsão de começar a funcionar em 2025. Os primeiros 600 itens a serem exibidos são obras de arte da lista da Interpol.
“O objetivo é projetar o primeiro museu de realidade virtual imersiva de objetos culturais roubados em escala global. Contribuirá para sensibilizar o público em geral para as consequências do tráfico ilícito de bens culturais e contribuirá para a recuperação desses objetos”, disse a Unesco em comunicado.
O projeto do museu foi desenvolvido pelo arquiteto Francis Kéré, vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura de 2022. Os primeiros esboços, divulgados na semana passada, mostram um espaço em forma de um baobá, árvore-símbolo de resiliência na África.
O projeto também foi inspirado no caminho espiral do Museu Guggenheim de Nova York (EUA), que é Patrimônio Mundial da Unesco. No novo museu, os visitantes online poderão explorar espaços virtuais em 3D e ter acesso a materiais educativos, além de histórias e testemunhos de comunidades locais.
“O museu virtual será uma ferramenta revolucionária para aumentar a consciencialização sobre o tráfico ilícito e a importância de proteger o patrimônio cultural entre as autoridades competentes, os profissionais da cultura e o público em geral, nomeadamente as gerações jovens”, afirmou a Unesco.
O investimento inicial de US$ 2,5 milhões vem da Arábia Saudita. Ao contrário das instituições tradicionais, a ideia é que ele esvazie gradualmente o seu acervo à medida que os objetos originais são recuperados.
Texto: Redação Casa e Jardim