sexta-feira,22 novembro, 2024

Ultrassom vestível permite detecção precoce do câncer de mama

Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) projetaram um dispositivo de ultrassom vestível que pode permitir que as mulheres detectem tumores quando ainda estão em estágios iniciais do câncer de mama.

Para quem tem pressa:

  • Pesquisadores do MIT projetaram um dispositivo de ultrassom vestível;
  • O aparelho pode permitir que as mulheres detectem tumores quando ainda estão em estágios iniciais do câncer de mama;
  • O objetivo desse dispositivo é melhorar a taxa de sobrevivência geral de pacientes com câncer de mama;
  • Além disso, os pesquisadores querem tornar a detecção precoce mais acessível e confortável para as pacientes;
  • Os cientistas também pretendem desenvolver um fluxo de trabalho para que dados coletados dos pacientes possam ser analisados por IA.

A taxa de sobrevivência dessa doença é quase 100% quando diagnosticada precocemente. Mas diminui para cerca de 25% quando os tumores são detectados em estágios mais avançados.

O objetivo desse dispositivo é melhorar a taxa de sobrevivência geral de pacientes com câncer de mama, sendo especialmente útil para aqueles com alto risco de desenvolver a doença entre exames de rotina de mamografia.

Ultrassom vestível

O dispositivo consiste num adesivo flexível que pode ser fixado em um sutiã, permitindo que a usuária mova um rastreador de ultrassom ao longo do adesivo e faça imagens do tecido mamário em diferentes ângulos.

Os pesquisadores demonstraram que foi possível obter imagens de ultrassom com resolução comparável à dos equipamentos de ultrassom utilizados em centros de imagiologia médica.

A tecnologia permite a detecção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que é fundamental para um resultado positivo.

O dispositivo foi testado numa mulher de 71 anos com histórico de cistos mamários. E os cistos detectados tinham 0,3 centímetros de diâmetro, o equivalente a tumores em estágios iniciais.

A resolução das imagens obtidas pelo dispositivo foi comparável à do ultrassom tradicional. E o tecido mamário pôde ser visualizado até uma profundidade de oito centímetros.

Próximos passos

O objetivo dos pesquisadores é desenvolver uma versão miniaturizada do sistema de imagem, aproximadamente do tamanho de um smartphone.

A ideia é permitir o uso doméstico do dispositivo por pacientes com alto risco de câncer de mama que se beneficiariam de exames frequentes.

Essa tecnologia elimina a necessidade de deslocamento das mulheres até um centro de imagiologia.

Os pesquisadores pretendem desenvolver um fluxo de trabalho para que dados coletados dos pacientes possam ser analisados por IA (inteligência artificial).

Isso permitiria uma análise mais precisa das mudanças nas imagens ao longo do tempo. Além disso, eles planejam explorar a adaptação da tecnologia de ultrassom para outras partes do corpo.

O objetivo final dessa tecnologia é aumentar a taxa de sobrevivência do câncer de mama para até 98%, tornando a detecção precoce mais acessível e confortável para as pacientes.

Fonte: Olhar Digital

Redação
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