O ano de 2022 não foi fácil para o Twitter. Os últimos meses foram marcados pela mudança de comando da plataforma, agora regida pelo bilionário Elon Musk, que gerou tumulto dentro e fora da plataforma de diversas maneiras.
O Twitter foi foco do noticiário inúmeras vezes, principalmente durante o processo da aquisição bilionária. A estabilidade da rede social foi posta à prova em vários instantes, mas o caos inevitavelmente fez com que alternativas ganhassem uma fama temporária.
Para recaptular tudo que aconteceu de mais importante, o Canaltech reuniu nesse texto as principais notícias do Twitter de 2022. Veja como a rede social, agora de Elon Musk, se transformou nos últimos 12 meses.
Botão “não gostei”
O Twitter lançou um botão “não gostei” para marcar publicações que não sejam tão interessantes para o usuário. Diferente do que acontece no Reddit, a contagem de dislikes não é visível para ninguém, servindo apenas como um sinalizador para que o algoritmo entenda que o conteúdo não é interessante.
Roda do Twitter
Uma das adições mais importantes do ano foi a Roda do Twitter, uma espécie de “Amigos Próximos” da rede social. A ferramenta funciona de forma semelhante ao mecanismo do Instagram: usuários podem incluir seguidores específicos na Roda e fazer posts visíveis somente para esse grupo.
A ferramenta, porém, não é livre de falhas: prints ainda são possíveis e os usuários removidos da Roda podem descobrir a remoção ao checar se o conteúdo exclusivo sumiu.
Botão para editar tuítes
As publicações do Twitter finalmente podem ser editadas, mas só por quem pagar. Em junho de 2022, a plataforma começou a disponibilizar o botão de editar tuítes, porém, com exclusividade para assinantes do Twitter Blue, serviço pago da empresa.
A novidade foi implementada com bastante alarde: o primeiro tuíte editado da história da rede social foi publicado no dia 29 de setembro pelo perfil oficial do Twitter Blue.
Super Follow no Brasil
O Super Follow do Twitter, ferramenta que permite pagar para ter acesso a conteúdo exclusivo de criadores de conteúdo da plataforma, foi disponibilizado no Brasil. A funcionalidade não vingou tanto, mas simbolizou um novo momento da rede social em termos de monetização.
Elon Musk comprou o Twitter
A notícia mais bombástica do ano para o Twitter foi a aquisição de Elon Musk. O bilionário adquiriu a plataforma por US$ 44 (R$ 233 bilhões, em conversão direta) em meados de outubro e não demorou para colocar a mão na massa — causando caos interno e externo, inclusive.
Executivos do alto escalão e milhares de funcionários foram demitidos numa única leva, assim que o bilionário assumiu o comando da rede. A sensação de incerteza tomou a rede social, que pouco a pouco via funcionários de longa data da plataforma divulgarem o afastamento publicamente.
As mudanças do Twitter, porém, não pararam: pouco depois, o bilionário anunciou que o Twitter Blue passaria a incluir o selo de verificação, sem nenhuma autenticação de identidade. Implementada às pressas, a nova assinatura gerou uma tempestade na plataforma, com uma infinidade de perfis fakes se passando por políticos, empresas, governos e pessoas relevantes — agora, com o selo para dar mais destaque e enganar os usuários desatentos.
Nessa bagunça toda, o Twitter foi considerado um “cliente de risco” para agências de publicidade. A maior preocupação das empresas era o caminho que Elon Musk iria levar a plataforma, talvez com mais “vista grossa” para discurso de ódio e polêmicas desnecessárias.
Donald Trump e Kanye West estão “de volta”
Uma das medidas mais controversas do novo dono da rede social foi reativar a conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e do rapper Kanye West. O “perdão oficial” foi decidido por meio de uma enquete publicada no perfil pessoal de Elon Musk.
O cantor Kanye West, porém, não ficou muito tempo online no Twitter. Dias depois, ele publicou conteúdo antissemita mais uma vez e foi suspenso da plataforma.
Selos de verificação coloridos
Depois de estragar a finalidade original dos selos de verificação clássicos do Twitter, o Twitter implementou uma solução para o problema: etiquetas coloridas. Agora, empresas são identificadas com um tique amarelo, governos são na cor cinza e os demais usuários são azuis.
Revue aposentado
No processo de cortes do Twitter, a plataforma de newsletters Revue não sobreviveu e será aposentada em breve. Em dezembro, a empresa anunciou o fim do serviço por meio de um comunicado oficial para todos os autores.
Por: Igor Almenara