quinta-feira,21 novembro, 2024

Tratores sem motorista podem revolucionar agricultura

agricultura do futuro deve contar com tratores autônomos no campo, ou seja, modelos que funcionam sem condutor a bordo. No Reino Unido, por exemplo, o agricultor Will Mumford, de Cambridgeshire, Inglaterra, já utiliza dois modelos sem motorista e com recursos de inteligência artificial (IA).

Como funciona o trator sem motorista

  • Mumford usa dois modelos: um para cuidar do solo e outro para plantar sementes.
  • Diferente dos tratores operados por humanos, os modelos vistos como o futuro da agricultura podem operar por até 30 horas sem parar.
  • Como são menores e mais leves, também causam menos danos ao solo.
  • Para efeito de comparação, os tratores sem condutor têm cerca de metade do tamanho dos convencionais.
  • Eles ainda possuem recursos como radar, ultrassom e sensores, que param o veículo sozinho caso detecte algum objeto no caminho, por exemplo.

Mumford espera que a introdução de mais tratores autônomos e com IA não substituirá o trabalho dos agricultores. A ideia é que os veículos funcionem como um aliado: “Estamos eliminando os trabalhos lentos. Eles (os produtores) não precisam mais ficar sentados em um trator por horas a fio“, disse em entrevista à BBC.

Estas máquinas são muito mais leves e amigas do solo e esperamos que, com o tempo, possamos cultivar de uma forma muito melhor e sustentável“, acrescentou.

Quanto custa um trator autônomo?

Um ponto negativo ainda é o preço. Segundo o Sindicato Britânico dos Agricultores, os avanços são importantes, mas o valor deve ficar mais acessível para a adoção em massa dos novos tratores autônomos. Atualmente, eles custam a partir de £ 180.000, mais de R$ 1,1 milhão na cotação atual, mas podem alcançar £ 320.000, acima dos R$ 2 milhões em conversão direta.

Especialistas projetam que ainda demorará em média cinco anos até que os tratores inteligentes se tornem populares. “Quando coisas como esta são lançadas, leva cerca de cinco anos para que se tornem realmente populares”, projeta o engenheiro agrícola Tom Carnell.

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