segunda-feira,23 setembro, 2024

Traje de realidade virtual permite “ver” o corpo por dentro

Pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (CSAIL) e do Massachusetts General Hospital, ambos nos Estados Unidos, desenvolveram um novo traje de realidade virtual (RV) que permite que o usuário veja o interior do próprio corpo enquanto se exercita.

Segundo os cientistas, esse sistema pode ser usado para monitorar os movimentos e o envolvimento muscular, ajudando idosos que precisam de reabilitação ou possuem mobilidade reduzida, além de atletas durante a realização de atividades físicas não supervisionadas em tempo real.

“Nosso dispositivo possui três ingredientes: rastreamento de movimentos, uma técnica de captura de imagens chamada tomografia de impedância elétrica que mede a atividade muscular e um headset de realidade virtual acoplado a um traje para que o usuário assista a si mesmo ao lado de um profissional”, explica o doutorando em engenharia elétrica Junyi Zhu, autor principal do estudo.

MuscleRehab

O funcionamento do dispositivo batizado de MuscleRehab é relativamente simples. Os pacientes vestem o traje de rastreamento e, sem seguida, realizam exercícios físicos como flexão dos joelhos e agachamentos, enquanto sensores medem a atividade de músculos como quadríceps, sartório e isquiotibiais.

Movimentos são captados em tempo real e transmitidos para os óculos VR (Imagem: Reprodução/MIT)
Estrutura muscular vista pelo usuário em tempo real (Imagem: Reprodução/MIT)

O processo de captação de movimentos possui 39 marcadores e várias câmeras capazes de reproduzir imagens com altas taxas de quadros por segundo. Esses dados capturados mostram cada músculo acionado, destacando na tela do headset qual fica mais escuro ou mais claro, dependendo da atividade física.

“Nosso sistema facilita a reabilitação com um amplo impacto em toda a sociedade para ajudar os pacientes a realizar a reabilitação física com segurança e eficácia sem sair de casa. Essas ferramentas eliminam a necessidade de recursos clínicos, aumentando o acesso de pessoas acamadas ou com dificuldades de locomoção”, encerra Junyi Zhu.

Por: Gustavo Minari

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