Cultivo que exige dedicação constante em todas as etapas do ciclo, o café tem grãos delicados que, se cuidados da maneira correta, podem gerar bons lucros e uma bebida deliciosa. A atual fase dos cafezais brasileiros, a granação, é decisiva para o rendimento final das lavouras que devem resultar em uma produção de 54,94 milhões de sacas de café beneficiado na safra 2023, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No Paraná, onde o cultivo dominante é o da variedade arábica, as previsões sinalizam que os cerca de oito mil cafeicultores devem colher, a partir do mês de julho, 733 mil sacas, um crescimento de 47,2% na produtividade em comparação com a safra passada, de acordo com o mesmo levantamento. As expectativas positivas se devem, principalmente, ao clima sem adversidades graves, como estiagem ou geada. E são consequência, também, do manejo iniciado antes mesmo do início do ciclo reprodutivo, com o preparo e a nutrição adequada do solo.
Em Londrina, a quase 400 quilômetros de Curitiba, Aparecido Favaro está entusiasmado, este ano, com a granação no cafezal. “Os galhos ficaram carregados e os grãos estão maiores. Também diminuiu em 90% o abortamento, antes o chão forrava e agora tá limpo”. O produtor rural relata que as plantas parecem mais fortalecidas na reta final, antes da colheita. “Ficou mais resistente, vegetou mais e agora também estão suportando bem o sol”.
Favaro, que segue o trabalho iniciado pelo avô, há mais de 50 anos, depois da última colheita decidiu investir em um ajuste fino, com correção de solo, para tentar aumentar a produtividade que parecia estagnada. A análise detalhada detectou um solo fértil e com boa adubação, mas com baixo nível de boro em uma área e excesso de alumínio em outra. São áreas distintas com históricos um pouco diferentes, mas ambas com dificuldades que acabam limitando a produtividade.
Para a falta de boro, que provoca abortamento de flor e de fruto, o problema diminuiu graças à aplicação do fertilizante mineral misto SulfaBor, que tem, em sua composição, o boro protegido com duas dinâmicas de liberação, uma mais rápida e outra gradual. A tecnologia foi utilizada em uma área de oito hectares, composta por plantas antigas, algumas com mais de 30 anos, garantindo boa recuperação e vigor das plantas.
Já o excesso de alumínio, que é tóxico para a planta, e o enxofre foram corrigidos com a aplicação de SulfaCal, fonte de cálcio e enxofre solúveis. “A aplicação foi feita nos sete hectares que enfrentaram geadas por dois anos e têm os cafés mais novos. Para completar, pouco antes do florescimento também foi feita aplicação de boro. Fez muita diferença, a planta que estava bem debilitada se mostrou mais sadia, recuperada e conseguiu responder melhor aos adubos que foram colocados no solo”, detalha a engenheira agrônoma Isabelle Villarino, que também atua como DTM (Desenvolvimento Técnico de Mercado) da MaxiSolo, divisão de nutrição vegetal da SulGesso, empresa que desenvolveu as duas tecnologias e é líder na industrialização e comercialização de sulfato de cálcio no Sul do Brasil.
Caio Kolling, Supervisor Técnico da empresa, lembra que SulfaCal tem bom desempenho porque contribui para um sistema radicular mais desenvolvido. “É um fertilizante mineral capaz de explorar um volume maior de solo em busca de água e nutrientes, melhorando a produtividade e a resistência das plantas a períodos de estiagem”. À base de cálcio e enxofre, SulfaCal está disponível na forma granulada e vem sendo aplicado com sucesso em lavouras de milho, soja, pastagens e hortifrutis.
A outra tecnologia empregada no cafezal em Londrina, SulfaBor foi lançada recentemente e é um fertilizante mineral misto que fornece boro no início, meio e fim da cultura, além de cálcio, enxofre e aditivos que reduzem seu potencial de perda, tudo isso com maior facilidade operacional. “As fontes convencionais precisam ser aplicadas em diferentes quantidades por hectare, o que atrapalha a eficiência das máquinas agrícolas. Nossos especialistas chegaram a uma formulação com a mesma concentração de boro por grânulo, o que possibilita que a aplicação nas lavouras seja facilitada e mais precisa”. Kolling explica que “doses ajustadas permitem a aplicação do produto com mais facilidade, o que auxilia a impulsionar a produtividade das lavouras, levando eficiência aos sistemas solo-planta”.
O cafeicultor Aparecido Favaro conta que o bom desenvolvimento do café possibilitou reduzir três aplicações de um adubo que utiliza ao longo do ciclo, gerando uma economia considerável. Feliz com os resultados até agora, ele acredita em uma máxima produtividade para a safra 2023, com grãos de qualidade que, por sua vez, poderão resultar em um café de maior valor. “Em vista do ano passado já melhorou muito e a próxima vai ser boa também, porque o pé já tá bem projetado para ano que vem. Valeu o investimento e eu vou fazer as aplicações todas de novo”.
Fonte: AgroUrbano Comunicação
Por: Portal do Agronegócio