A tecnologia se tornou indispensável para empresas de todos os ramos, ao proporcionar uma série de benefícios, que incluem economia de energia, tempo e dinheiro. No contexto da gestão de pessoas, a ferramenta facilita os processos, melhora o relacionamento com os colaboradores e reduz dificuldades do cotidiano, gerando economia de recursos, um modelo de recrutamento e treinamento mais assertivo, e uma análise mais eficiente de críticas e sugestões. No setor de bares e restaurantes, em que o alto turnover é um desafio significativo, os recursos tecnológicos podem ser ainda mais benéficos.

Uma pesquisa recente mostra que 74% dos empreendedores apresentam dificuldade em atrair profissionais e mantê-los na empresa. Para se ter ideia, o levantamento mostra que a taxa de rotatividade no setor, no Brasil, foi de 77,6% em 2023, número levemente inferior em relação a 2022, quando chegou aos 78,1%.

Os números revelam uma dor do segmento que pode ser reduzida por meio da tecnologia. Ferramentas de gestão de talentos, por exemplo, ajudam a identificar e a desenvolver habilidades críticas nos colaboradores, além de promover um ambiente de trabalho mais engajador. Sistemas de feedback contínuo e programas de reconhecimento também são facilitados pela tecnologia e contribuem para o aumento da satisfação e da lealdade do time.

Otimizar operações diárias em bares e restaurantes por meio de sistemas de ponto de venda integrados com a gestão de estoque, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência, é mais uma vantagem do uso da tecnologia. Ainda, aplicativos de agendamento de turnos e gerenciamento de tarefas permitem uma melhor organização e distribuição de trabalho, diminuindo a carga sobre os gestores, aumentando a autonomia da equipe e melhorando a satisfação dos funcionários.

Por fim, adotar a tecnologia na gestão de pessoas é um passo essencial para qualquer empresa que busca eficiência, economia e um ambiente de trabalho harmonioso. Investir em tecnologia não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade para a sustentabilidade e o crescimento das empresas no mercado atual.

Por Fernando Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).