sábado,30 novembro, 2024

Tecnologia e sustentabilidade são tendências da construção

A transformação digital vem mantendo a intensidade neste período pós-pandemia, especialmente na construção civil, que é um setor com muitos processos onde a implementação gera excelentes resultados. Além disso, o cenário para o setor em 2023 continua otimista, com projeção de crescimento de 4,5%, segundo previsão da CBIC.

Conforme levantamento da CNI, dentre os maiores desafios do setor para 2023, a manutenção da elevada taxa de juros é o que mais preocupa os empresários, pois impacta diretamente nos financiamentos imobiliários, tornando mais oneroso o acesso ao crédito para o consumidor final. 

Por outro lado, os incentivos do governo federal no programa de habitação popular durante o segundo semestre de 2022 revigoraram as ações neste segmento, proporcionando novos lançamentos de empreendimentos. Estes incentivos seguem a tendência de manutenção e aprimoramento durante 2023.

Já a inflação sobre os insumos da construção deve diminuir em comparação aos anos anteriores, muito embora os seus preços já estejam em um patamar bem elevado. Por sua vez, o custo da mão de obra deve ter um crescimento maior do que o dos insumos, em razão dos dissídios coletivos serem baseados na reposição do INPC.

O fato é que o mercado da construção tem boas perspectivas para o ano, mantidas as expectativas de desempenho da economia. Esta visão de mercado exige que as empresas direcionem seus esforços e investimentos para projetos que tenham boas perspectivas de retorno, tanto para o aumento do faturamento quanto na melhoria operacional.

As novidades esperadas

A todo momento surgem novidades e inovações no setor da construção civil e muitas delas tornam-se tendências e ganham espaço no mercado. Por isso, é muito importante ficar atento às atualizações da área.

Por outro lado, a competitividade e as exigências dos clientes vêm aumentando, trazendo ao debate pautas bem atuais, como ESG. Por isso, as organizações devem buscar inovar, implementando soluções que sejam um diferencial competitivo percebido pelo cliente final. 

Sílvio Etges, Gerente de Produto do Mobuss Construção, explica que as empresas precisam contemplar a pauta ESG necessariamente na sua estratégia, de ponta a ponta. “Os novos lançamentos precisam implementar soluções de sustentabilidade, tanto no processo construtivo quanto no produto final. E a relevância da comunicação assertiva e coerente da empresa com todos os stakeholders – colaboradores, fornecedores, clientes e acionistas – também é muito valorizada, sendo um grande desafio especialmente nas redes sociais. Por fim, a governança, que dá credibilidade, previsibilidade e segurança à empresa através de suas ações, é fundamental para manter e desenvolver um negócio sólido e longevo.”

E a tecnologia tem um papel central na agenda ESG, sendo um meio de implantar processos otimizados e que tragam resultados consistentes. Além disso, tecnologias combinadas, como IOT e 5G, permitem um outro patamar de automação, influenciando diretamente o produto final da construção desde a sua concepção.

“As possibilidades de inovação através das tecnologias não se limitam ao produto final, mas se estendem também ao processo construtivo, proporcionando processos mais performáticos, racionalização do uso de recursos naturais e a diminuição na geração de resíduos.

Além de estar por dentro das tecnologias do setor, é preciso ficar de olho nas tendências mercadológicas, como o UX (User Experience) que, para o mercado da construção, pode ser traduzido como a jornada digital do cliente com a construtora.

Sobre este assunto, Sílvio explica que são muitos os processos com o cliente para serem digitalizados, começando pela captação comercial e terminando na assistência técnica, após a entrega da unidade. “A digitalização da jornada do cliente com a construtora garante maior segurança e eficiência, permitindo rodar ciclos contínuos e incrementais de melhoria para aperfeiçoar a performance. As melhores experiências acontecem quando a digitalização não é realizada num único projeto e, sim, em iniciativas distintas, coordenadas e mais rápidas, podendo gerar resultados concretos num curto espaço de tempo”, finaliza ele.

*Assinado por: Sílvio Etges, Gerente de Produto do Mobuss Construção

Redação
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