Presidente do hospital, Sidney Klajner participa do painel “4 Collaborative Tech & Data Projects for Health Equity”, no dia 8 de março, junto com players dos EUA e de Israel
Como organizações de saúde podem atuar em projetos colaborativos usando tecnologia, inteligência artificial e dados para maximizar e democratizar seus resultados? É isto que deve ser debatido no SXSW 2024, no dia 8 de março, no painel “4 Collaborative Tech & Data Projects for Health Equity”, promovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein e com mediação do presidente Sidney Klajner.
Segundo Klajner, quando participaram pela primeira vez do evento, em 2023, o foco era em como a tecnologia poderia ajudar a entregar uma medicina de maior igualdade e equidade no futuro. Já neste ano, o que os faz voltar é a possibilidade de uma ação cada vez mais colaborativa: “Principalmente quando falamos de IA e dados, os dados precisam ser cada vez mais diversificados”, destacou.
O painel reunirá grandes players globais: Linda Bosserman, diretora médica do City of Hope (EUA); Eric L. Harnisch, vice-presidente de parcerias da Mayo Clinic Platform (EUA); e Eyal Zimlichman, Chief Transformation Officer e Chief Innovation Officer do Sheba Medical Center (Israel). A ideia é que cada organização mostre como está agindo para vencer o obstáculo da equidade, e como elas podem atuar juntas.
O Einstein, por exemplo, deve apresentar seu case de sucesso de levar atendimento via telemedicina a regiões remotas do Brasil. Em 2023, por exemplo, o hospital bateu a marca de 100 mil atendimentos usando telemedicina na região Norte do país. Agora, ampliou a atuação para o Centro-Oeste, com mais de 200 mil atendimentos e 350 unidades básicas de saúde prestando serviços médicos remotamente, graças à utilização de recursos tecnológicos.
“É um dos exemplos em que a tecnologia pode fazer a diferença, seja em locais onde a população é pequena, mas muito distribuída e não existem estradas, até locais como a comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, onde há uma densidade demográfica absurda. Este é um dos projetos que o mundo pode replicar, e ajudar os países a resolverem seus problemas”, destacou Klajner.
Há também outros cases, com o uso de IA para capacitar médicos não especialistas em pré-natal, e diagnóstico de leishmaniose por aplicativo, na região Norte. O hospital vem adotando inteligência artificial em seus serviços desde 2016, com vários projetos de medicina personalizada.
O Einstein ainda deve apresentar sua experiência com parcerias com startups de saúde do sul global, passando por desafios que a região enfrenta e em como criar um ecossistema inovador de soluções. Atualmente, 45 empresas integram a incubadora Eretz.bio, sendo seis internacionais. Em 2024, já são mais de 150 projetos ativos, envolvendo 20 países.
Fonte: Época Negócios