Em breve, Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, pode ter uma “casa da inovação” para chamar de sua. Isso porque um grupo já estuda a possibilidade de inaugurar um Base27, como o que existe na Enseada do Suá, em Vitória, por lá. A informação é confidenciada à Coluna Pedro Permuy pelo empresário Antonio Toledo, da Timenow.

“O interior do Estado está cada vez mais ativo nesse nicho. Você tem hubs que estão em São Mateus, Linhares e a gente está pensando em ter um Base27 em Cachoeiro. Essa semana (passada) estive com empresários da região do Civit, na Serra, também, para pensarmos em uma espécie de hub lá. O número de startups no interior vem crescendo, então vemos que há uma interiorização e valorização desse mercado, sim”, fala o executivo.

Antonio é da Timenow, referência em inovação e supernome da engenharia consultiva no Brasil, e é também um dos jurados do Espírito Startups, o primeiro reality de negócios do Espírito Santo que vai ao ar aos sábados na TV Vitória/Record TV às 14h, após o Balanço Geral. O empresário é o quarto de alguns dos jurados que serão perfilados por este colunista, que não dorme no ponto.

O primeiro foi Rogério Salume, da Wine; o segundo, Francisco Carvalho, da Timenow; e o terceiro foi Rodrigo Miranda, da Americanas Delivery.

Foto: Vitor Carvalho

A quantidade de entusiastas do meio, por outro lado, já indica o sucesso que tem essa atividade na Capital. “Sem dúvida o ecossistema de Vitória evoluiu muito nos últimos cinco anos, mas é uma jornada, principalmente quando nos comparamos a Recife, Florianópolis, São Paulo… Mas isso não desmerece o tanto que já foi feito aqui, a quantidade de hubs de inovação que temos”, diz.

Para Antonio, que é outro figurão da área, as empresas capixabas estão – finalmente! – entendendo que inovação é um investimento.

“As empresas aderindo ao movimento nos dão a certeza de que saímos da inércia para figurarmos em um movimento importante” – Antonio Toledo, da Timenow

Segundo o empresário, falando em investimento, o principal é fazer o mercado entender como funciona a inovação como moeda de negócio. “Nem todo mundo tem essa maturidade de entender, mas a inovação é, sim, um investimento de médio e longo prazo. Não há um ganho rápido grande no início. Mas olhando o lado do copo cheio, com o tempo a gente vai aprender como é que esse jogo tem que ser jogado”, otimiza.

O avanço no Estado, como ele mesmo enxerga, é promissor. Ainda mais quando colocamos essa evolução em números. “As pessoas de fora de impressionam também com a rapidez com que se deu esse movimento entre os capixabas. Particularmente, sempre entendi a importância da inovação para a sustentabilidade de um negócio a longo prazo, em um mundo que se transforma o tempo todo”, começa.

E continua: “Se você não pensar na sua área uma forma de transformação, você não vai consolidar o seu espaço, porque a inovação hoje é uma premissa. E pode te levar para o topo, se quiser”.

Antonio exemplifica o caso de Santa Catarina para falar do quanto o potencial de crescimento é grande. “Não é o maior estado do Brasil e não tem o maior PIB. Mas é um exemplo de inovação e de empresas grandes. Israel é outro exemplo. Tem o contexto, de que inovar é sobreviver, mas só isso não resolve. Então tem um outro fator, que é o espírito de colaboração, que cria o ecossistema. São dois fatores que temos no Espírito Santo”, comemora.

A informação acerca desse mercado também é escassa, mas programas como o Espírito Startups preenchem essa lacuna. “(O reality) ajuda muito. Iniciativas de divulgação, no geral, são muito proveitosas, porque você mostra como é o negócio, como é o mercado e que existe, de fato, gente fazendo isso e se dando bem. Mostra o quanto é promissor o mercado e faz o espectador enxergar o cenário com outro olhar, que é superbacana”, conclui. 

Fonte: Folha Vitoria

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