Segundo relatório da plataforma Sling Hub, foram US$ 303 milhões levantados no mês; volume captado por startups mexicanas supera o de startups brasileiras
Depois de um primeiro semestre com fôlego para grandes rodadas, a segunda metade do ano começou com o pé no freio em relação aos investimentos em startups da América Latina. No mês, foram captados US$ 303 milhões, no menor volume desde fevereiro de 2023, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (7) pela plataforma Sling Hub.
O volume total inclui tanto os investimentos equity quanto as rodadas debt e receivable funds. Considerando apenas os deals em que os investidores recebem uma participação acionária da startup, este volume cai para US$ 133 milhões, o menor desde março de 2023.
A Sling Hub reconhece que é normal a captação cair no mês de julho em relação a junho, o que aconteceu em quatro dos últimos cinco anos, com exceção de 2023. Porém, considerando esses últimos cinco anos, a média de retração foi de 18% de junho para julho – neste ano, entretanto, esta queda chegou a 57%.
Pela segunda vez no ano, o volume captado por startups mexicanas superou o de startups brasileiras. Em julho, as mexicanas levantaram US$ 149 milhões, contra US$ 110 milhões do Brasil.
Embora a comparação ano a ano tenha sido negativa em ambos os países, o México sofreu menos, com queda de 50% de julho deste ano em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto o Brasil observou uma redução de 72% no volume na mesma comparação. A fintech Digitt (US$50 milhões) e a autotech OCN (US$ 86 milhões) foram as grandes responsáveis pela disparada mexicana. Juntas, estas startups captaram 91% do total do país no período.
Por Maria Carolina Abe