É o que mostra o mais recente Inside Venture Capital, relatório produzido pelo Distrito, maior plataforma de inovação aberta e transformação digital da América Latina, com apoio do Bexs.
De acordo com o levantamento, as startups brasileiras receberam US$ 9,43 bilhões ao longo do ano, distribuídos em um total de 779 transações.
O último ano também foi o com o maior número de novos unicórnios: no total, 10 empresas brasileiras passaram a valer mais de US$ 1 bilhão:
MadeiraMadeira
Hotmart
C6
Mercado Bitcoin
Unico
Frete.com
CloudWalk
Merama
Facily
Olist
O setor que recebeu maior volume de investimentos foi o de fintechs, que captou US$ 3,7 bilhões no período em 176 rodadas, seguido pelas retailtechs (com US$ 1,3 bilhão aportados em 87 transações) e pelas real estate (US$ 1, 07 bilhão em 32 rodadas). Também se destacaram as startups de saúde, que levantaram US$ 530 milhões ao longo de 69 negociações, e as de mobilidade, que receberam US$ 411 milhões em 20 transações.
As startups em estágio inicial concentraram a maior quantidade de aportes. Foram 279 transações em fase Seed, somando US$ 320 milhões, e 200 transações em Pré-Seed, que arrecadaram US$ 47 milhões.
As rodadas mais avançadas foram responsáveis pelos maiores volumes de investimentos. As 27 transações de série C do ano captaram US$ 2,04 bilhões, e as 51 rodadas de série B levantaram US$ 1,92 bilhão.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
O número de fusões e aquisições também foi o maior da história: 247 startups foram compradas ou fundidas por outras empresas.
A maior parte das transações foi realizada por outras startups, que pela terceira vez consecutiva superaram empresas incumbentes em aquisições.
As mais procuradas foram as fintechs (44), martechs (27), retailtechs (26), edtechs (19) e healthtechs (19).
“As empresas já entenderam que o crescimento orgânico pode não ser o suficiente para acompanhar a velocidade do mercado. Investir em aquisições é um meio muito mais eficiente de garantir mudanças como aumentar o número de serviços fornecidos ou implantar um novo modelo de negócio, além da própria cultura empresarial de inovação que as startups trazem”, afirma Gustavo Araujo, co-fundador e CRO do Distrito.