sexta-feira,22 novembro, 2024

Startup transforma gás carbônico em fios para roupas; como?

A startup Rubi Laboratories quer mudar a realidade da indústria têxtil, responsável pelo alto volume de emissão de carbono com sua nova tecnologia com seu sistema de enzimas que capta emissões de carbono para transformar em celulose, material usado na produção de tecidos.

  • A empresa garante que seu processo é negativo em carbono, neutro em água e biodegradável;
  • No ano passado a empresa levantou US$4,5 milhões em financiamento inicial das empresas Talis Capital, Necessary Ventures e uma série de outras empresas e investidores anjos;
  • A Rubi Laboratories também recebeu um investimento de US$250.000 da Fundação Nacional de Ciência, uma agência governamental dos Estados Unidos.

Como funciona o sistema de enzimas

Em entrevista à Fast Company, Neeka Mashouf, cofundadora e CEO da startup, explica que o processo da empresa é semelhante ao que é feito pelas árvores:

“As árvores respiram CO2 e usam enzimas – proteínas que ajudam as reações a acontecer – para converter o CO₂ em fortes polímeros de carbono no tronco e nas folhas chamados celulose” -Neeka Mashouf, cofundadora e CEO da Rubi Laboratories.

A empresa imita esse processo em sua fábrica criando polímeros de celulose transformados em fios que podem ser aproveitados para produzir liocell, tecido feito pela dissolução de madeira ou bambu, viscose e rayon, fibras geralmente feitas de celulose.

A empresa imita esse processo em sua fábrica criando polímeros de celulose transformados em fios que podem ser aproveitados para produzir liocell, tecido feito pela dissolução de madeira ou bambu, viscose e rayon, fibras geralmente feitas de celulose.

“Fazemos o mesmo liocell de alta qualidade sem os métodos de fabricação intensivos em carbono, água e terra baseados no desmatamento e no processamento significativo com uso intensivo de energia”- Neeka Mashouf, cofundadora e CEO da Rubi Laboratories.

Em breve, a startup planeja trabalhar com fábricas para captar e converter as emissões produzidas no local.

A Ganni, marca de roupas sediada em Copenhage será a primeira a testar os fios produzidos pela Rubi para fazer roupas.

Texto: William Schendes

Redação
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