A empresa Pulsar Fusion quer se tornar a primeira a usar um sistema de propulsão a fusão nuclear no espaço. Para isso, a companhia iniciou a construção de uma grande câmara de fusão nuclear em Bletchley, na Inglaterra, em parceria com a Princeton Satellite Systems.
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Richard Dinan, CEO da Pulsar, reconhece que um sistema do tipo tem alto custo, mas considera que usá-lo na exploração espacial é inevitável. E não é sem motivo: a tecnologia da propulsão a fusão nuclear promete reduzir significativamente o tempo das viagens espaciais.
Além da economia de tempo, a propulsão a fusão oferece ainda excelente desempenho. As condições no espaço são favoráveis para reações de fusão nuclear, e a energia liberada poderia proporcionar velocidades incríveis a missões espaciais — tudo isso por uma fração de combustível, em comparação com os sistemas de propulsão usados atualmente.
Para transformar estes cenários em realidade, as companhias começaram a construir a câmara. A instalação vai ter cerca de oito metros e, em seu interior, vai produzir plasma a altíssimas temperaturas. A ideia é que, ao fim do processo, a velocidade de exaustão seja alta o suficiente para viagens interestelares.
Depois, elas planejam usar simulações de um supercomputador para entender como o plasma se comporta nas condições do confinamento eletromagnético. Além disso, elas vão modelar o comportamento do plasma durante a saída de um motor de foguete.
Com estes dados em mãos, a Pulsar vai trabalhar no design do seu futuro motor de foguete. Tudo correndo bem, o passo seguinte é uma demonstração em órbita. Nesta etapa, a empresa planeja tentar usar no espaço, pela primeira vez, seu sistema de propulsão a fusão nuclear.
Esta não é a primeira vez que a Pulsar Fusion trabalha em sistemas de propulsão diferentes do convencional. Em 2021, a empresa testou com sucesso um motor de foguete híbrido, cujo combustível era formado por polietileno de alta densidade (composto usado na produção de plásticos) e oxidante de óxido nitroso.
Fonte: TechCrunch