Responsáveis pela maior fatia da população economicamente ativa e força de trabalho no Brasil, as gerações Z (nascidos entre 1995 e 2010) e os Millennials (nascidos entre 1980 e 1994) enxergam as relações de trabalho sob uma nova perspectiva, se comparados aos seus pais e avós. Eles buscam maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal, e priorizam bem-estar e identificação com seus valores à segurança no emprego.
Uma tendência mundial que tem ganhado força sob essa ótica é o “quiet quitting” – em tradução literal “desistência silenciosa”, que consiste na entrega do estritamente necessário dentro da descrição de cada trabalho. Essa reconfiguração na postura dos profissionais tem gerado preocupação em gestores e líderes de RH de toda a cadeia produtiva. Então, como motivar essas gerações?
O desafio de engajar, motivar e melhorar os resultados de colaboradores dentro de uma empresa foi o ponto de partida para a criação da Gamefic, uma startup que vem revolucionando as relações de trabalho por meio de uma plataforma de gamificação.
A plataforma Gamefic é hoje um dos melhores softwares do mundo em mercado B2B. O acesso pode ser feito por computador, celular ou TV, e cada usuário faz pontos ao alcançar as metas definidas pela equipe de que faz parte, além de ter acesso a recompensas, troféus e a novos treinamentos. A experiência é totalmente focada no colaborador, priorizando a trajetória individual de cada usuário.
Por meio da plataforma, é possível extrair relatórios de engajamento, cruzamento de métricas e gerenciamento de todo o jogo, que pode ser personalizado para qualquer departamento da empresa, independentemente do setor de atuação. É possível ainda fazer a integração com os principais CRM’s do mercado. Banco Safra, Fiat, Suzano e Wizard são algumas das empresas parceiras da startup.
A hora da virada e novos horizontes
Foi durante um período de estudos no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), em 2016, que o CEO da startup, Rubens Melo, viu a oportunidade de utilizar as mecânicas dos jogos para potencializar resultados profissionais. A tecnologia se transformou na metodologia que inclui inteligência artificial, blockchain e microlearning, servindo de base para a plataforma.
A grande virada da startup aconteceu em 2020, quando, graças à pandemia, a empresa precisou fazer uma pivotagem com foco no formato home office. No mesmo ano, a Gamefic recebeu o investimento do hub de inovação Raja Valley e permitiu criar networking, abrir portas e conseguir novos investidores num ambiente totalmente dedicado à conexão de projetos inovadores e empresas.
A startup está em processo de expansão em diversos países. Na América Latina, tem parceiros na Bolívia e no Peru, clientes em Angola, com planos para começar as atividades em Portugal. Os planos para 2023 incluem ainda a entrada no mercado norte-americano. Hoje, são mais de 30 mil usuários da plataforma Gamefic, distribuídos em mais de 70 empresas. Em 2022, o faturamento esperado da startup é de R$ 1,4 milhão, o que representa um crescimento de quase 100% comparado a 2021, quando arrecadou R$ 775 mil.
Rubens Melo apresentou a Gamefic em São Francisco, nos Estados Unidos, durante a conferência TechCrunch Disrupt 2022, realizada em outubro, dedicada a apresentar novidades dos setores de jogos eletrônicos, empreendedorismo e tecnologia.
O Raja Valley
O Raja Valley surgiu em um ambiente de conexão entre empreendedores, startups, investidores, instituições de ensino e o mercado de inovação e tecnologia como um todo, capaz de potencializar o desenvolvimento de novos negócios e novas parcerias. O hub apresenta um vasto portfólio de soluções, que vai desde os programas de pré-aceleração, hunter de startups, implementação de hubs de inovação Corporativos, hackathons, e diagnóstico de maturidade de inovação nas organizações.
O Raja Valley modela soluções de forma assertiva para cada tipo de negócio. Por meio do braço de inovação do hub, o Raja Ventures, são realizados programas de pré-aceleração, que transformam ideias de projetos em soluções inovadores através de treinamentos, mentorias, validação do negócio e apresentação ao mercado de seu Produto Mínimo Viável (MVP). O projeto já acelerou mais de 200 startups e investiu 14 milhões nas 8 edições do seu programa de aceleração.
Por Encontro