Após quatro trimestres consecutivos de prejuízo, o SoftBank Group divulgou números positivos e um lucro de 950 bilhões de ienes (US$ 6,4 bilhões) entre outubro e dezembro de 2023. Como aposta, anunciou mirar em investimentos em inteligência artificial e projetos de chips do seu ativo mais valioso, a Arm Holdings — da qual detém 90% das ações.

O diretor financeiro do grupo, Yoshimitsu Goto, disse em conferência ontem que a empresa busca agora formas de utilizar os chips “ao máximo”, enquanto o fundador, Masayoshi Son, foca na expansão da IA.

O ganho da empresa japonesa reverte uma perda de 744,7 bilhões de ienes no mesmo período de 2022 e foi puxado por um aumento inesperado das ações da T-Mobile US, que lhe deu cerca de US$ 8 bilhões em dezembro. Antes da divulgação dos resultados, suas ações subiram 11% na bolsa de Tóquio, maior patamar desde julho de 2021.

Em 2023, o SoftBank vendeu parte de sua participação no Alibaba, gigante chinês de tecnologia que chegou a representar 50% dos seus ativos. “O Alibaba agora é efetivamente zero e a Arm representa 32% — sendo central para a estratégia de IA do grupo”, destacou Goto.

Já o segmento do Vision Fund, que investe em companhias de tecnologia nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo, registrou um lucro de 423 bilhões de ienes, graças a ações de empresas como DoorDash, Auto Store Holdings, Symbotic e ByteDance, dona do TikTok. Mesmo assim, ainda ficou no vermelho no acumulado do período, com quase US$ 3 bi de prejuízo.

Por Sofia Schuck Época NEGÓCIOS