Quem diria que um smartwatch – relógio inteligente – poderia salvar uma pessoa? E foi exatamente por causa dos alertas emitidos pelo dispositivo que o David Last, de 54 anos, percebeu que havia algo errado com o coração dele.
O homem contou em entrevista que o acessório – que ganhou da esposa – avisou que o coração dele estava batendo extremamente devagar e parou 138 vezes em 48 horas.
Quando viu os alertas do smartwatch, David achou que o aparelho estivesse com defeito. Ainda assim, para aliviar a tensão da esposa, ele decidiu procurar um cardiologista e fazer alguns exames de rotina. E então veio a surpresa!
Bloqueio cardíaco
David descobriu que tinha um bloqueio cardíaco de terceiro grau e corria risco de morte súbita.
A “morte cardíaca súbita” surge de cardiomiopatias genéticas que compõem um grupo de doenças transmitidas geneticamente à prole com 50% de chance e resultam em genes defeituosos que causam insuficiência cardíaca.
No caso de David, o coração dele parou 138 vezes em intervalos de 10 segundos em um período de 48 horas, principalmente enquanto ele dormia.
Isso faria com que outra parte do coração iniciasse o fluxo sanguíneo, antes que o processo se repetisse.
“A consulta pré-cirurgia explicou que meu caso era incomum e eles tiveram extensas reuniões sobre o que iriam fazer”, contou David.
“Eles explicaram que eu tinha algo chamado ‘bloqueio cardíaco’. A caixa de junção no meu coração parou de funcionar e não transmitiu pulsos elétricos.”
As frequências cardíacas em repouso para um homem adulto geralmente estão entre 60 e 100 bpm, e vão diminuindo até os 50 anos para aqueles com aptidão extraordinária. No caso de David, a frequência cardíaca em repouso é tão baixa, que não chega aos 30bpm.
Colocou marca-passo
David passou por uma cirurgia para colocar um marca-passo, um dispositivo que mantém seu coração batendo no ritmo, e diz que está se sentindo “aliviado” e tem “muito mais energia”.
Com o marca-passo qualquer ritmo anormal será sentido por ele e ajudará ambos os ventrículos cardíacos a bombear sangue em sincronia.
David confirmou que está se sentindo muito melhor. Ele voltou ao trabalho esta semana e agradeceu à esposa:
“Sarah realmente cuidou de mim”, disse David. “Ela continua dizendo o quanto está orgulhosa de si mesma – e deveria estar, ela salvou minha vida.[…] Eu serei eternamente grato a ela por isso. Além de carregá-lo [o smartwatch] , ele está sempre comigo agora”, disse David.
Ele conta que não tem palavras para descrever a sensação que é estar vivo hoje, graças ao presente. É a tecnologia ajudando a salvar vidas mais uma vez!
Com informações de GNN
Por: Monique de Carvalho