sexta-feira,22 novembro, 2024

Sistema detecta predisposição genética para QI alto e doenças degenerativas

E se pudéssemos detectar se uma pessoa tem predisposição genética para alta inteligência? Foi essa questão que moveu o trabalho do luso-brasileiro Fabiano de Abreu Agrela, pós-doutor em neurociências. Ele desenvolveu um sistema capaz de identificar genes relacionados ao alto QI (quociente de inteligência).

Além de fornecer respostas sobre a inteligência individual, esse teste genético também pode ser utilizado para avaliar predisposições a doenças degenerativas, como Alzheimer, bipolaridade, autismo bem como propensões a transtornos como TDAH, entre outros.

A proposta do sistema é desempenhar um papel na prevenção e no cuidado com a saúde mental, permitindo intervenções mais precoces e personalizadas. Os testes são realizados através do CPAH (Centro de Pesquisa e Análises Heráclito) em parceria com laboratórios na França e nos EUA.

Na prática, os testes podem ser realizados através de sequenciamento ou utilização de dados brutos.
A nova técnica de testagem e leitura de dados também pretende abrir portas para um “maior conhecimento sobre nós mesmos”.

Anteriormente, vimos que a ciência está perto de descobrir genes que deixaram o cérebro humano tão poderoso. Um estudo publicado na Zoonomia lançou luz sobre as regiões humanas aceleradas (HARs) e sua influência em nossa biologia, uma vez que alguns desses HARs tenham nos dado as qualidades que nos separam dos parentes biológicos mais próximos, os chimpanzés e bonobos.

Na ocasião, os pesquisadores deixaram claro que as HArs têm seu papel no desenvolvimento embrionário, especialmente nos caminhos neurais associados à inteligência, leitura, habilidades sociais, memória, atenção e foco, traços que nos diferenciam de outros animais.

Como medir a inteligência de uma pessoa?
Atualmente, está em debate na comunidade científica quantos tipos de inteligência alguém pode possuir, ou seja: se há uma única inteligência geral usada para realizar diferentes tipos de tarefas ou se a inteligência pode ser dividida em diferentes “blocos”, como a inteligência espacial e a inteligência linguística.

Por enquanto, ainda é preciso entender qual papel exato os genes desempenham na capacidade intelectual de um indivíduo. Medir corretamente esse impacto se apresenta como um grande desafio. A conclusão que se tira disso é que futuros estudos ainda são necessárias para que se compreenda a inteligência humana.

De qualquer forma, neurocientistas já deixaram em evidência que poucos contestam que os genes desempenham um papel importante na inteligência. De qualquer forma, o ambiente, educação e experiências também moldam o intelecto.

Fonte: Com informações de Zoonomia, Science Focus

Redação
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