A secagem da vaca é o início do próximo período de produção leiteira, e um dos principais desafios do produtor é garantir o bem-estar dos animais durante este manejo, especialmente nas vacas de alta produção. Iniciando entre os 60- 45 dias antes da data prevista de parição, é no período seco que ocorre a renovação do tecido mamário secretor de leite, muito importante para o desempenho no próximo período de lactação, é nesse período também que a vaca se prepara para uma grande mudança fisiológica, que é o momento do parto com o início de uma nova lactação.
“Facilitar o processo de secagem é importante para o conforto do animal e para os índices produtivos da fazenda. A queda de imunidade, natural deste período, junto com o aumento da pressão intramamária decorrente do volume de leite produzido e não sendo ordenhado, aumentam as chances de abertura do canal dos tetos, facilitando a entrada de bactérias e, consequentemente, ocasionando as mastites”, conta João Otávio Rodrigues, médico-veterinário gerente da linha de pecuária leiteira da Ceva Saúde Animal.
Tanto o processo de secagem abrupta quanto a secagem gradual interferem de forma negativa no bem-estar da vaca e facilitam a ocorrência das mastites, que normalmente, nesse período, são causadas por agentes ambientais, e podem persistir durante toda a lactação seguinte, causando prejuízos devido ao menor volume e à menor qualidade do leite produzido além de ocasionar sofrimento para o animal que fica doente.
“A secagem inteligente pensa na saúde do úbere e no bem-estar da vaca. A utilização do facilitador de secagem, como a Cabergolina (Velactis®), atua na inibição da secreção de prolactina, hormônio responsável por estimular a produção de leite. Sem a atuação da prolactina a produção leiteira diminui progressivamente, diminuindo a pressão intramamária e consequente abertura de canal, não ocorrendo vazamento de leite”, João explica.
A utilização do Velactis® possibilita, portanto, a extensão da lactação de vacas de alto desempenho sem interferir na saúde e bem-estar dela, tendo maior retorno financeiro para o produtor. Pois o processo de secagem inteligente promove o aumento da lactoferrina, um bacteriostático natural do leite, e aumenta as células somáticas no leite residual do úbere, o que auxilia na melhora da imunidade local.
Além do período seco ser uma necessidade fisiológica da vaca, ele pode ser usado de forma estratégica pelo produtor para o tratamento das mastites subclínicas, apresentando taxa de cura elevada e menor custo ao produtor, visto que não há necessidade de descarte do leite devido a utilização de antibióticos.
“A utilização do Velactis® também traz benefícios ao manejo do animal, já que não é necessário reverter o escore corporal e elimina a necessidade de alterações de lote e de dieta, o que reduz o número de doenças metabólicas no pós-parto. Rebanhos que passam pela secagem inteligente apresentam cerca de 20% menos de casos de mastite clínica durante o período seguinte de lactação”, finaliza.
Soluções inteligentes para o manejo dos animais são o presente da cadeia leiteira nacional, objetivando o bem-estar animal e trazendo consequentes benefícios para os produtores, fortalecendo o setor e o tornando mais competitivo e rentável.
Fonte: Ceva Saúde Animal